360. TROUBLE (1990)
Trouble é uma das bandas precursoras de um dos estilos mais melancólicos dentro do Heavy Metal, o Doom Metal. Formada em 1978 na cidade de Chicago, EUA, gravou seu primeiro álbum em 1984 (dois anos antes do debut do sueco Candlemass, minha maior referência e banda preferida dentro do estilo).
Caracterizada pelo agressivo vocal do lendário Eric Wagner e por ter como referência criativa em suas letras temas como morte, insanidade, psicodelia e, culpa e salvação religiosa cristã (sendo a referência religiosa algo que fez e faz muitos headbangers torcerem o nariz e não acompanharem a banda), o grupo aparecia como um ponto de divergência dentro do Heavy Metal, caracterizado fortemente, principalmente após a New Wave britânica, pelo uso de temáticas centrais opostas, como o ocultismo satânico.
O Trouble então desafiava o status quo e fazia papel de contra corrente dentro do movimento. O instrumental intensificava o peso inserido pelo Black Sabbath na música, ainda na década de 1970, para além do que já estava sendo feito por outras bandas do mesmo período como Witchfinder General e Pentagram. Em 1990, Wagner e os guitarristas Rick Wartell e Bruce Franklin, membros originais do grupo se uniam ao baixista Ron Holzner e o saudoso baterista Barry Stern e lançavam seu quarto trabalho de estúdio. O auto intitulado álbum, produzido por Rick Rubin (Slayer, Metallica, Black Sabbath) trazia as mesmas temáticas já recorrentes em outros discos, mas apresentando uma sensível mudança na sonoridade do quinteto.
Enveredando por caminhos musicalmente menos densos e/ou agressivos, o Trouble soltava um trabalho com características claramente mais puxadas para o Stoner Rock/Metal que remetem imediatamente ao Black Sabbath na fase 1975/1978, ou seja, entre as gravações do clássico Sabotage e Never Say Die!, último disco da primeira passem de Ozzy pelo grupo. At the End Of My Daze, Psychotic Reaction, a maravilhosa The Misery Shows (Act II), R.I.P. e o encerramento perfeito com All Is Forgiven e seus fantásticos solos de guitarra, estão ai para, além de comprovar as referências, escancarar a alta qualidade de mais um disco gravado pelos norte americanos.
Mesmo tendo conhecido o Trouble no início dos anos 1990, não conhecia nenhum "full-lenght" gravado pelo grupo após os três primeiros. Felizmente, para os fãs de doom/stoner metal, a Hellion Records resolveu editar no Brasil, durante o ano de 2018, toda a discografia dos norte americanos, e dos oito álbuns de estúdio gravados, sete já chegaram às lojas. Precisa de mais justificativas para ter esse material na coleção?
O Trouble então desafiava o status quo e fazia papel de contra corrente dentro do movimento. O instrumental intensificava o peso inserido pelo Black Sabbath na música, ainda na década de 1970, para além do que já estava sendo feito por outras bandas do mesmo período como Witchfinder General e Pentagram. Em 1990, Wagner e os guitarristas Rick Wartell e Bruce Franklin, membros originais do grupo se uniam ao baixista Ron Holzner e o saudoso baterista Barry Stern e lançavam seu quarto trabalho de estúdio. O auto intitulado álbum, produzido por Rick Rubin (Slayer, Metallica, Black Sabbath) trazia as mesmas temáticas já recorrentes em outros discos, mas apresentando uma sensível mudança na sonoridade do quinteto.
Enveredando por caminhos musicalmente menos densos e/ou agressivos, o Trouble soltava um trabalho com características claramente mais puxadas para o Stoner Rock/Metal que remetem imediatamente ao Black Sabbath na fase 1975/1978, ou seja, entre as gravações do clássico Sabotage e Never Say Die!, último disco da primeira passem de Ozzy pelo grupo. At the End Of My Daze, Psychotic Reaction, a maravilhosa The Misery Shows (Act II), R.I.P. e o encerramento perfeito com All Is Forgiven e seus fantásticos solos de guitarra, estão ai para, além de comprovar as referências, escancarar a alta qualidade de mais um disco gravado pelos norte americanos.
Mesmo tendo conhecido o Trouble no início dos anos 1990, não conhecia nenhum "full-lenght" gravado pelo grupo após os três primeiros. Felizmente, para os fãs de doom/stoner metal, a Hellion Records resolveu editar no Brasil, durante o ano de 2018, toda a discografia dos norte americanos, e dos oito álbuns de estúdio gravados, sete já chegaram às lojas. Precisa de mais justificativas para ter esse material na coleção?
Tracklist
01. At the End Of My Daze
02. The Wolf
03. Psychotic Reaction
04. A Sinner's Fame
05. The Misery Shows (Act II)
06. R.I.P.
07. Black Shapes Of Doom
08. Heaven On My Mind
09. E.N.D.
10. All Is Forgiven
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