75. SEX PISTOLS – NEVER MIND THE BOLLOCKS…

Sempre que penso em música punk, por não ser um grande conhecedor do estilo, me vem à mente bandas como Ramones, Dead Kennedys, e, principalmente, Sex Pistols. Nenhuma das poucas que conheço seguiu tão verdadeiramente a ideologia do estilo quanto a última citada e, apesar do Pistols estarem longe de serem considerados criadores do estilo, certamente merecem ser reverenciados como a banda que levou a explosão do estilo na Inglaterra.
A banda formada em 1975 por Johnny Rotten - (vocal), Steve Jones - (guitarra), Glen Matlock (baixo) e Paul Cook - (bateria), teve sua principal mudança em 1977 quando o baixista original foi demitido e em seu lugar entrou na banda o amigo pessoal de Rotten, e não tão bom músico, Sid Vicious.
No mesmo ano da entrada de Vicious, os Pistols lançam o, infelizmente, único álbum de sua carreira nomeado “Never Mind the Bollocks, Here's the Sex Pistols”. Mesmo com toda a fama de irreverentes, polêmicos e irresponsáveis (inúmeros shows da banda nesse período foram cancelados pela falta de compromisso de alguns membros), e de pular por algumas gravadoras como a EMI, a banda encontrou na Virgin o local perfeito para o lançamento desse álbum. Sorte da gravadora que teve em sua aposta um estrondoso sucesso, com o compacto de “God Save The Queen” chegando muito próximo ao topo das paradas britânicas e abrindo o caminho para o estouro nas vendas de “Never Mind...”.
Apesar de Sid Vicious ter grandes limitações musicais, acabou se tornando o grande ícone do Punk inglês com sua personalidade autodestrutiva e sua constante pregação de curtição sem limites, independente das consequências, o que foi potencializado e, infelizmente encerrado por seu trágico destino em 1979 (suspeito do assassinato de sua namorada Nancy no final de 1978 e morto alguns meses depois por overdose de heroína em uma festa). Mesmo com todos os holofotes virados para Vicious, sempre vi em Johnny Rotten, principalmente por seu estilo e sua performance em palco, a cara não só do Sex Pistols, mas como de todo o movimento punk inglês daquele período. Sensacional até para quem, como eu, não flerta com a ideologia movimento punk.
“Never Mind The Bollocks”, é um espetáculo sonoro, com músicas sensacionais e que exprimem perfeitamente o que foi esse “boom” ocorrido na ilha da rainha no final dos anos 1970, com muita irreverência, protestos contra a sociedade inglesa e o crescente consumismo, e a mais pura rebeldia adolescente. Faixas como Holidays In The Sun, God Save The Queen, Anarchy In The U.K. e E.M.I., entre várias outras das 12 que compõem esse clássico e se tornaram verdadeiros hinos do estilo, são exemplos mais do que perfeito disso. Impossível escutar e não se imaginar tomando todas e partir para dentro de uma insana e incontrolável roda punk.
Minha edição do álbum foi lançada em 2012 pela Universal UMC, e não conta com faixas bônus. Recentemente saiu uma edição deluxe, com bastante material bônus e em formato digipak. Essa versão pode ser facilmente encontrada no Brasil.


Tracklist
01. Holidays In The Sun
02. Bodies
03. No Feelings
04. Liar
05. God Save the Queen
06. Problems
07. Seventeen
08. Anarchy In The U.K.
09. Submission
10. Pretty Vacant
11. New York
12. E.M.I.
Álbum Completo

Video de Holidays In The Sun

Video de God Save The Queen

Vide de Anarchy in the U.K.

Video da sensacional versão noiada de My Way (Frank Sinatra) feita por Sid Vicious

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