79. JUDAS PRIEST - PAINKILLER

Em 03 de Setembro de 1990 o Judas Priest lançava um de seus mais importantes trabalhos, o clássico absoluto e preferido de uma grande perte de fãs da banda, Painkiller. O décimo segundo álbum de estúdio do Grupo sucedia uma das fases mais contestadas de sua fantástica carreira (até então), quando decidiram flertar com estilos sonoros mais comerciais e que, apesar do sucesso de vendas, não tinham nada a ver com o estilo clássico que consagrou a banda, o que levou a um enorme desagrado por parte da crítica especializada e de muitos fãs (vale ressaltar que hoje, existe uma grande simpatia de alguns fãs por esses trabalhos, principalmente os que os conheceram anos após seus lançamentos).
Apesar de não ter sido contemporâneo desse polêmico momento da banda, acredito que, mesmo para os fãs mais ardorosos e esperançosos, deva ter sido uma gigantesca e maravilhosa surpresa, ver que Painkiller não tinha absolutamente nada a ver com seus antecessores Turbo e Ram It Down. A sonoridade excessivamente comercial desse período, com utilização das polêmicas guitarras sintetizadas (que foram motivo de polêmica também no Iron Maiden), foi completamente abandonada, em troca de um som muito mais rápido e pesado do que em qualquer outro momento da banda inglesa. O Judas Priest entrava com tudo na década de 1990, mostrando um fôlego e uma renovação impressionantes que certamente fez a alegria de quem há pouco tempo “torcia” o nariz para eles.
Apesar de alguns fãs mais ardorosos que acompanham o Judas desde a década de 1970 terem se incomodado um pouco com as mudanças mais radicais apresentadas no novo álbum, se deliciaram com o retorno das características principais da banda, presentes em faixas como Hell Patrol, Night Crawler, Leather Rebel e One Shot Of Glory. De outro lado, apreciadores de músicas mais pesadas e rápidas explodiram a cabeça com músicas como a pesadíssima Touch Of Evil e as destruidoras Painkiller, All Guns Blazing e Metal Meltdown.
Nessa época a banda passou por uma pequena mudança em sua formação, substituindo o baterista Dave Holland, que os acompanhava desde 1979, por Scott Travis, baterista que também pode ser creditado pela mudança no estilo do grupo. Painkiller, como praticamente todos os outros trabalhos anteriores do Priest, apresenta um trabalho de composição quase exclusivo dos dois guitarristas, Glenn Tipton e K.K. Downing e do vocalista Rob Halford. A banda mostra nesse trabalho uma atuação impecável, com trabalhos de guitarras completamente insanos, uma cozinha destruidora comandada pelo lendário Ian Hill, mas surpreendente mesmo pela espetacular atuação do citado novo baterista e, por Rob Halford e sua performance perfeita e memorável, apresentando alcances vocais de, literalmente, fazer cair o queixo e acabar com a garganta de muitos fãs que não conseguem resistir e tentam acompanha-lo sempre que escutam as já citadas músicas All Guns Blazing, Metal Meltdown, A Touch Of Evil e a absurda (no melhor dos sentidos possíveis) faixa título de clássico obrigatório.

Tracklist
01. Painkiller
02. Hell Patrol
03. All Guns Blazing
04. Leather Rebel
05. Metal Meltdown
06. Night Crawler
07. Between The Hammer & The Anvil
08. A Touch Of Evil
09. Battle Hymn
10. One Shot At Glory

Mais Judas Priest no Sonorizando:
Sin After Sin (1977)

Comentários

Diele Batista disse…
Discao!!!! esse eu tenho, na minha opinião é o melhor do judas.

Postagens mais visitadas