113. IRON MAIDEN - IRON MAIDEN

Em 1980, O Iron Maiden, uma das maiores bandas de Heavy Metal da Inglaterra, lançava seu primeiro disco de estúdio. Além desse marco individual em sua carreira, os ingleses, juntamente com outras bandas conterrâneas como Saxon, Def Leppard e Venom começaram o histórico movimento que recebeu o nome de New Wave of British Heavy Metal (N.W.O.B.H.M.) ou “Nova Onda Do Heavy Metal Britânico”, em português. Movimento esse que finalmente realizava o resgate do estilo (Metal) que estava sendo encoberto pela enorme força que o movimento punk inglês – liderado por bandas como The Clash, Sex Pistols, Dead Kennedys, Exploited e Ramones - obteve do meio para o fim da década de 1970. 

O líder e baixista Steve Harris e o guitarrista Dave Murray, únicos remanescentes dessa formação inicial da “Donzela de Ferro”, contavam naquele momento com as companhias do vocalista Paul Di'Anno, do guitarrista Dennis Stratton e do excelente baterista Clive Burr. 

O som do Iron sempre foi calcado em um forte trabalho de guitarras duplas e a presença onipresente do cavalgante baixo de Steve, além de marcantes interpretações vocais às sensacionais letras das músicas, quase sempre escritas pelo baixista, mas uma das maiores características dos dois primeiros trabalhos da Donzela (principalmente desse primeiro), é a forte proximidade da sonoridade com o Punk, estilo que, como falado anteriormente, predominava na Inglaterra. Os motivos iam desde a participação do vocalista Paul Dianno, que era um grande apreciador de Ramones e outras bandas punks e mostrava isso na banda de várias formas, desde a performance nos palcos e jeito de cantar até sua forma de vestir e seu comportamento destrutivo., até a gravadora que por questões comerciais óbvias pressionava o grupo para que seguisse um pouco esse estilo. Steve Harris, portanto, conseguiu fazer uma fusão perfeita entre o Punk e o Heavy Metal mas sempre pendendo para o segundo estilo, ora apresentando no álbum composições mais rápidas e diretas como Prowler, Running Free, Charlotte The Harlot e a faixa título do disco e nome da banda, Iron Maiden, mas, também incluindo no álbum faixas mais trabalhadas e complexas como a instrumental Transylvania e as mais do que épicas Remember Tomorrow e Phantom Of The Opera.
O primeiro disco do Iron também traz como destaque o início da parceria com o brilhante desenhista Derek Riggs que além de criar o mascote Eddie (disparadamente o mais importante símbolo já criado para uma banda de Heavy Metal até hoje), passou a colaborar constantemente com o grupo, sendo o responsável pelas capas de discos e desenhos de divulgação da banda durante muitos anos.
A exemplo das minhas edições dos álbuns Piece Of Mind e Seventh Son Of A Seventh Son, esse também é uma junção dos discos lançados em 1995 (duplo e com faixas extras) e o de 1998 (simples, mas com um super encarte e com faixas multimídias). Minha versão ficou então com as faixas multimídias, que são versões ao vivo para as músicas Iron Maiden e Phantom Of The Opera, e no disco dois destaco a inédita Burning Ambition e a cover de I’ve Got The Fire do Montrose, que o Iron gravou por duas vezes, a primeira com Dianno nos vocais e a segunda com Bruce Dickinson. Ambas são ótimas.

Tracklist
Disco 1
01. Prowler
02. Remember Tomorrow
03. Running Free
04. Phantom of the Opera
05. Transylvania
06. Strange World
07. Charlotte the Harlot
08. Iron Maiden
Special Multimidia Session
01.Iron Maiden
02. Phantom Of The Opera
Taken From “Live At The Rainbow”

Letras traduzidas no Whiplash

Mais Iron Maiden no Sonorizando:
The Number Of The Beast (1982)
Piece Of Mind (1983)
Seventh Son Of A Seventh Son (1988)
Dance Of Death (2003)
Álbum Completo