117. THERION – SITRA AHRA
Sitra Ahra, de 2010, é o décimo quarto disco de estúdio e ultimo álbum de inéditas lançada pelo Therion até o momento. O disco encerra uma quadrilogia iniciada em Deggial, passando pelos álbuns gêmeos Lemuria e Sirius B e apresenta uma série de composições que foram criadas durante as sessões desses já clássicos trabalhos da banda. Além disso, para nossa alegria, o disco tem como principal destaque o retorno da predominância de composições mais ligadas ao característico metal sinfônico com influências operísticas criado e espetacularmente aperfeiçoado por Christopher Johnson na maioria dos espetaculares trabalhos criados por ele.
O retorno à sonoridade habitual em relação ao ultimo trabalho do Therion foi um gigantesco alívio para vários fãs que ficaram bastante insatisfeitos com a pegada mais Gótica e Melódica do trabalho de estúdio anterior (essa mudança pode ser justificada devido à aceitação de composições diversas, deixando de lado a exclusividade do guitarrista nessa parte do processo de criação), Gothic Kabbalah, o que não foi o meu caso. Justifico minha aprovação ao fato de ser justamente essa imprevisibilidade em relação aos conteúdos de seus lançamentos que me tornou um grande apreciador da banda. Portanto, além desse retorno à sonoridade digamos, clássica, a parte lírica continua totalmente imersa dentro do assunto preferido de Johnson e seu maior colaborador Thomas Karlsson, líder da Ordem Secreta Dragon Rouge e maior responsável pela criação das fantásticas letras da banda. Para não me estender muito nesse complexo ponto, colocarei links complementares relacionados para quem tiver interesse em continuar se aprofundando. Já vou adiantando que o assunto é realmente fascinante. Voltando ao álbum em questão, observamos em Sitra Ahra mais uma vez a enorme rotatividade de músicos que já é característica do grupo em todos esses anos de estrada. Praticamente todos os membros fixos foram substituídos por Christopher Johnson, com exceção de alguns vocalistas como Snowy Shaw, que com suas atuações ultra performáticas tornou-se a cara dessa atual fase do Therion.
Gosto de todas as faixas do álbum e vejo nelas uma ótima representação da maior parte da carreira dos Suecos, mas aponto como destaques a ótima abertura do disco com a faixa título, a rápida e alegre Hellequin, as épicas e magistrais Kings Of Edom com seus corais e guitarras que remete diretamente a vários de seus clássicos, Land of Canaan com suas múltiplas variações e utilização de instrumentos diversos e, finalmente, Children of the Stone: After the Inquisition com seu arrepiante coral infantil.
Sitra Ahra pode não ser um dos melhores disco da banda de C.J., mas certamente cumpre seu papel de deixar os fãs esperançosos sobre o que caminho que será trilhado futuramente.
Tracklist
01. Introduction/Sitra Ahra
02. Kings of Edom
03. Unguentum Sabbati
04. Land of Canaan
05. Hellequin
06. 2012: Return of the Feathered Serpent
07. Cú Chulainn
08. Kali Yuga Part 3: Autumn of the Aeons
09. The Shells Are Open
10. Din
11. Children of the Stone: After the Inquisition
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