137. SKID ROW – SLAVE TO THE GRIND

A partir do começo da década de 1990 o Metal, que reinou supremo por toda a década anterior, sofria um de seus maiores baques desde seu surgimento nos anos 1970. Além de uma visível e incômoda crise criativa de várias das principais bandas do estilo, tivemos a explosão em Seatlle do Grunge Rock norte-americano com bandas como Nirvana, Alice In Chains, Soundgarden e Pearl Jam. Com a explosão do Grunge vimos várias bandas (principalmente nos EUA) acabando, entrando em hiato ou até tentando se adequar ao novo estilo que surgia, ou mudar suas sonoridades com a fusão a novos elementos como o eletrônico ou som industrial. A mídia e os adolescentes que lotavam shows e enchiam os cofres das gravadoras aparentemente só queriam saber do som surgido em Seatlle.
Na contramão desse movimento víamos algumas poucas bandas de Heavy Metal ou Hard Rock americanas lançando bons discos e enchendo arenas e estádios como eram os casos do Metallica após lançar seu Black Album, o Guns N’ Roses que tinha toda a força de seus Use Your Illusion Parte 1 e 2, e, finalmente o Skid Row, que em 1991 lançou seu melhor álbum, o aclamado Slave To The Grind.
A banda formada por Sebastian Bach (vocais), Dave Sabo e Scotti Hill (guitarras), Rachel Bolan (baixo) e Rob Affuso (bateria) apresentavam em seu segundo trabalho, apesar de conter três “baladas”, composições muito mais pesadas e próximas ao Heavy Metal do que no disco de estréia. Músicas como as ótimas Monkey Business, Riot Act (com sua pegada totalmente tirada do Ramones, grande influência do baixista R. Bolan) e a faixa título mostram a qualidade da banda que apesar de estar longe de ser uma unanimidade e da irregularidade de algumas de suas músicas, apresentava bons momentos em suas letras com temas que envolviam críticas ao modo de vida moderno, autoridades, políticos e organizações religiosas, além do uso de drogas.
Mas é impossível falar desse álbum sem dar o devido destaque a sua espetacular trinca de “baladas”  composta por Quicksand Jesus e as espetaculares In A Darkened Room e Wasted Time. Faixas que mostram todo o poderio da voz de Sebastian Bach e o porquê dele ter se tornado um dos mais aclamados vocalistas do estilo (pelo menos em estúdio) naquele período.
Esse álbum possui duas versões em relação a composição das músicas. Em uma delas (a minha, por exemplo) consta a faixa Beggar's Day em substituição à ótima, mas censurada Get the Fuck Out.

Tracklist
01. Monkey Business
02. Slave to the Grind
03. The Threat
04. Quicksand Jesus
05. Psycho Love
06. Beggar's Day
07. Livin' On A Chain Gang
08. Creepshow
09. In A Darkened Room
10. Riot Act
11. Mudkicker
12. Wasted Time

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