148. ICED EARTH - DYSTOPIA

Após a segunda saída do vocalista Matthew Barlow do Iced Earth do grupo, iniciaram-se novamente as especulações e dúvidas em quem seria o seu substituto. A maior questão nesse caso era se Jonh Schaffer, líder da banda, escolheria novamente um vocalista já consagrado como fez com Tim Owens após a primeira saída de Matt, ou se apostaria as fichas em um novo e desconhecido front man, com menos vícios e mais fácil de moldar. O fato é que, independente de qualquer coisa, o vocalista escolhido daria continuidade aos trabalhos anteriores e seguiria exatamete a linha e forma de cantar imaginada pelo guitarrista desde o primeiro álbum do Iced Earth e em seu projeto Sons Of Liberty.
Outro ponto levantado pela maioria dos fãs girava em torno da qualidade do novo material, já que os dois últimos lançamentos dos caras, os álbuns gêmeos Something Wicked Part 1 e 2 foram recebidos friamente e com uma forte polêmica em torno da demissão de Owens e o celebrado retorno de Barlow. Portanto, a pressão exercida em cima do Iced Earth (leia-se de seu líder) além da substituição da voz, mas batia de frente com a própria qualidade criativa do guitarrista.
E finalmente em 2011, chegavam às lojas Dystopia, décimo segundo trabalho (ou décimo primeiro se descartarmos o álbum de covers) de estúdio dos norte americanos que além de apresentar o novo vocalista, o canadense e meso-desconhecido Stu Block (ex-Into Eternity), trazia de volta John Schaffer em grande forma criando novamente músicas diretas e marcantes abarrotadas de riffs e cavalgadas espetaculares como em seus grandes e mais memoráveis momentos. Stu também mostrou logo de cara que não ficaria marcado apenas como mais um funcionário contratado e descartável como muitos outros que passaram pelo Iced, impondo seu estilo agressivo e a gratificante facilidade e qualidade em interpretar canções clássicas do grupo ao vivo. Somados aos dois citados músicos completavam a formação do I.E. naquele momento o guitarrista Troy Seele, o baixista Freddie Vidales e o baterista Brent Smedley.
Dystopia possui como espinha dorsal de suas composições temas relativos a sociedades futuristas e suas problemáticas de controle e totalitarismo dentro de perspectivas retiradas direto da ficção científica cinematográfica, para isso foram utilizados como inspiração filmes como V de Vigança, Equilibrium e Cidade das Sombras todos inseridos nessa perspectiva. A figura da mascote Set Abominae não poderia ficar de fora, mesmo que sua saga já tivesse recebido uma conclusão, portanto, o icônico personagem volta a ser tema de capa e de faixas poderosas como Tragedy And Triumph.
O álbum possui momentos fantásticos e para quem tiver interesse indico as maravilhosas Dystopia, Boilig Point, V, Dark City e a já citada Tragedy And Triumph (minha preferida) como perfeitas portas de entrada para mais um grande momento na carreira dessa importante banda de Power Metal.

Tracklist
01. Dystopia
02. Anthem
03. Boiling Point
04. Anguish of Youth
05. V
06. Dark City
07. Equilibrium
08. Days of Rage
09. End of Innocence
10. Tragedy and Triumph

Mais Iced Earth no Sonorizando:
Night Of Stormrider (1992)
The Dark Saga (1996)
Vídeo de Dystopia

Vídeo de Anthem

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