173. MERCYFUL FATE – DON’T BREAK THE OATH
1984 foi realmente um ano extremamente rico para o Heavy Metal e só não uso a palavra “abençoado” para me referir a esse ano por estarmos aqui nos referindo a um trabalho que o adjetivo “amaldiçoado” caberia muito melhor. Metallica, Iron Maiden, Manowar (duas vezes), Dio e Judas Priest são apenas alguns poucos exemplos de grupos que lançaram álbuns fantásticos e que se tornaram símbolos dentro de suas reverenciadas carreiras.
A notoriedade internacional da banda dinamarquesa Mercyful Fate teve início efetivamente com o lançamento de seu segundo álbum, "Don't Break the Oath", justamente o disco gravado em 1984, mais precisamente no dia 07 de setembro, há exatos 30 anos. Com sua capa impactante de um demônio apontando diretamente para o ouvinte do álbum, King Diamond, Hank Shermann, Michael Denner, Tim Hansen e Kim Ruzz despejaram nos amantes da música pesada mais uma fantástica sequência de músicas, empurrando a banda mesmo com seu ainda pouco tempo de atividade, ao patamar de uma das maiores do estilo. A Dangerous Meeting, Nightmare, The Oath, Gipsy, Come To The Sabbath são apenas uma pequena mostra da excelência desse clássico que disputa decibel a decibel com Melissa, o álbum de estreia da banda, o posto de melhor disco.
O satanismo, força motriz das composições do álbum e explicitado na capa do disco, é o grande responsável pela caracterização de King Diamond e pela temática de praticamente todas as letras do
trabalho. O vocalista utiliza a série de invocações e louvores ao “inimigo” para realizar seu habitual espetáculo de interpretações que se tornaram referência no estilo. Nas seis cordas somos presenteados com uma verdadeira locomotiva de riffs e maravilhosos duelos de guitarras entre Shermann e Denner, que, a meu ver, formam uma dupla que merece a mesma reverência prestada a outras como Adrian Smith e Dave Murray (Iron Maiden) e Glenn Tipton e K.K. Downing (Judas Priest).
Infelizmente, após a gravação de Don’t Break The Oath e durante a turnê americana de divulgação do álbum, começaram a surgir os desentendimentos entre King e Shermann (principais membros do grupo) relativos a direcionamento musical o que brevemente levou à separação do grupo, pelo menos até sua reunião no final de 1992. Após a separação, King Diamond deu início a uma sólida carreira solo onde obteve maior sucesso comercial, contando com as participações de dois de seus companheiros até então, Michael Denner e Tim Hansen. Diamond, deu seguimento as temáticas de horror utilizadas nas letras e no visual como também manteve a mesma linha musical utilizada nos primeiros trabalhos do Mercyful Fate.
Tracklist
01. A Dangerous Meeting
02. Nightmare
03. Desecration of Souls
04. Night of the Unborn
05. The Oath
06. Gypsy
07. Welcome Princes of Hell
08. To One Far Away
09. Come to the Sabbath
10. Death Kiss (bônus do relançamento de 1997)
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