233. BLIND GUARDIAN – BEYOND THE RED MIRROR
Nada como uma segunda, detalhada e mais concentrada audição de um disco que você tem uma gigantesca expectativa em relação a seu lançamento e se viu decepcionado após um primeiro contato. Aconteceu exatamente isso em relação a Beyond The Red Mirror, mais recente lançamento da banda de Power Metal alemã, Blind Guardian. Minha história com o grupo data de 1995, quando escutei o maravilhoso disco Imaginations From The Other Side. De lá para cá, o Blind Guardian sempre figurou muito próximo ao topo no ranking de minhas bandas preferidas de Heavy Metal e álbuns como Tales From The Twilight World, Somewhere Far Beyond, Nightfall In The Middle Earth, A Night At The Opera (um dos meus preferidos, apesar de bastante contestado) e o já citado Imaginations From The Other Side desfilam com imponência no Hall dos melhores discos que já escutei na vida.
Infelizmente essa absurda qualidade apresentada a cada disco gravado acabou “mimando” demais os fãs, que com níveis inalcançáveis de expectativas em cima de todos os discos do grupo posteriores ao já clássico Nightfall In The Middle Earth, acabaram de certo forma renegando-os e se prendendo quase que exclusivamente ao glorioso passado dos alemães. Mas o fato é que o som do grupo, mesmo quando se aproxima nostalgicamente de seu passado - como em alguns momentos dos dois últimos trabalhos-, realmente mudou em definitivo e aquele glorioso passado continuará vivo exclusivamente nos registros em estúdio e nos ótimos shows do grupo (Fortaleza receberá a banda pela primeira vez em Outubro de 2015).
Em seu último trabalho Beyond The Red Mirror, lançado nesse ano de 2015, o Blind Guardian conseguiu, para mim, alcançar o melhor resultado ao mesclar em sua atual música o peso e agressividade dos primeiros anos à técnica e complexidade dos discos gravados a partir do também já citado A Night At The Opera. Nesse ultimo disco, o décimo de estúdio e colocado nas prateleiras cinco anos após seu antecessor, Hansi Kursh, Andre Olbrich, Marcus Siepen, Frederik Ehmke (totalmente adaptado como baterista do grupo) e o atual baixista Barend Curbois retomam e aprofundam um conceito de ficção e fantasia a partir de uma ideia desenvolvida em Imaginations (...), essa ponte entre dois momentos tão distintos na história dos alemães não fica exclusiva a temática do disco, mas é presente em vários momentos da obra como nas espetaculares Twilight Of The Gods, The Holy Grail e Sacred Mind. O som mais atual, sinfônico e repleto de variações bastante complexas, com muitas orquestrações e corais está representado em outros grandes momentos do disco, como as faixas que iniciam e encerram o trabalho.
O principal fato a respeito de Beyond The Red Mirror (e sobre o atual Blind Guardian), é que, independente das reclamações e pedidos dos fãs para que os caras voltem a fazer música como há duas décadas, isso não deve ocorrer e Hansi e Cia devem continuar o processo de “sinfonização” da banda - que na prática e se bem analisado ocorre desde o seu segundo disco-, sem se distanciar de suas raízes no Power/Speed Metal. Os que não conseguem digerir esses últimos discos resta pôr para tocar em seus aparelhos a primeira metade da discografia do grupo e ignorar tudo que ele gravou pelo menos nos últimos treze anos. Já para os que se adequaram a essa nova realidade e continuam acompanhando e gostando do que vem sendo lançado nesse período, Beyond The Red Mirror será um forte causador de ótimas emoções além de intensificar geometricamente a expectativa do show em Outubro.
Mas enquanto a esperada e muito sonhada data de ver os bardos ao vivo em terras alencarinas não chega o melhor a se fazer é escutar exaustivamente o álbum aproveitando sua distribuição no Brasil pela própria Nuclear Blast, em uma boa versão (não a melhor ou mais completa) contendo duas faixas bônus ao vivo e por um preço muito mais convidativo do que qualquer edição gringa.
TracklistEm seu último trabalho Beyond The Red Mirror, lançado nesse ano de 2015, o Blind Guardian conseguiu, para mim, alcançar o melhor resultado ao mesclar em sua atual música o peso e agressividade dos primeiros anos à técnica e complexidade dos discos gravados a partir do também já citado A Night At The Opera. Nesse ultimo disco, o décimo de estúdio e colocado nas prateleiras cinco anos após seu antecessor, Hansi Kursh, Andre Olbrich, Marcus Siepen, Frederik Ehmke (totalmente adaptado como baterista do grupo) e o atual baixista Barend Curbois retomam e aprofundam um conceito de ficção e fantasia a partir de uma ideia desenvolvida em Imaginations (...), essa ponte entre dois momentos tão distintos na história dos alemães não fica exclusiva a temática do disco, mas é presente em vários momentos da obra como nas espetaculares Twilight Of The Gods, The Holy Grail e Sacred Mind. O som mais atual, sinfônico e repleto de variações bastante complexas, com muitas orquestrações e corais está representado em outros grandes momentos do disco, como as faixas que iniciam e encerram o trabalho.
O principal fato a respeito de Beyond The Red Mirror (e sobre o atual Blind Guardian), é que, independente das reclamações e pedidos dos fãs para que os caras voltem a fazer música como há duas décadas, isso não deve ocorrer e Hansi e Cia devem continuar o processo de “sinfonização” da banda - que na prática e se bem analisado ocorre desde o seu segundo disco-, sem se distanciar de suas raízes no Power/Speed Metal. Os que não conseguem digerir esses últimos discos resta pôr para tocar em seus aparelhos a primeira metade da discografia do grupo e ignorar tudo que ele gravou pelo menos nos últimos treze anos. Já para os que se adequaram a essa nova realidade e continuam acompanhando e gostando do que vem sendo lançado nesse período, Beyond The Red Mirror será um forte causador de ótimas emoções além de intensificar geometricamente a expectativa do show em Outubro.
Mas enquanto a esperada e muito sonhada data de ver os bardos ao vivo em terras alencarinas não chega o melhor a se fazer é escutar exaustivamente o álbum aproveitando sua distribuição no Brasil pela própria Nuclear Blast, em uma boa versão (não a melhor ou mais completa) contendo duas faixas bônus ao vivo e por um preço muito mais convidativo do que qualquer edição gringa.
I – THE CLEANSING OF THE PROMISED LAND
01. The Ninth Wave
02. Twilight Of The Gods
II – THE AWAKENING
03. Prophecies
04. At The Edge Of Time
III – DISTURBANCE IN THE HERE AND NOW
05. Ashes Of Eternity
06. The Holy Grail
IV – THE DESCENDING OF THE NINE
07. The Throne
V – THE FALLEN AND THE CHOSEN ONE
08. Sacred Mind
09. Miracle Machine
VI – BEYOND THE RED MIRROR
10. Grand Parade
BONUS TRACKS
01. The Bard’s Song (Live In Wacken 2011)
02. Time Stands Still – At The Iron Hill (Live In Wacken 2011)
Mais Blind Guardian no Sonorizando:
Follow The Blind (1989)
Imaginations From The Other Side (1995)
A Night At The Opera (2002)
Twilight Of The Gods (Official Lyric Video)
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