257. DARK WITCH – THE CIRCLE OF BLOOD

Apesar de estarmos longe do mainstream mundial em relação a popularidade de nossas bandas de Heavy Metal, obviamente sem deixar de levar em consideração exceções como Sepultura e Angra, o Brasil, dos anos 1980 para cá, tem sido berço de excelentes expoentes desse nosso gênero musical preferido. As já clássicas Harppia, Centúrias, Dorsal Atlântica, Korzus e Azul Limão chegando a algumas relativamente mais recentes como Darksyde, Deadly Fate, Frade Negro, Battalion e Hellish War, mostram que nosso país possui uma cena underground extremamente forte, madura, competente, criativa e que só necessita mesmo de mais atenção do próprio público local.
Dentre as várias novidades no cenário, temos a banda paulista Dark Witch, que apesar de formada e militar na cena underground desde 1999, apenas em 2015 teve seu primeiro álbum lançado. The Circle Of Blood, lançado em CD pelo selo independente Arthorium Recods, apresenta uma banda com fortes influências do Metal tradicional seguindo nas composições temáticas ligadas a mitologias europeias (principalmente a nórdica), batalhas épicas e literatura fantástica lembrando em alguns momentos Saxon, Judas Priest, HammerFall entre outras. A sonoridade construída aqui em alguns momentos também aproxima bastante o Dark Witch do Power/Heavy Metal praticado nos Estados Unidos. Não à toa, me impressionei com a semelhança na pegada de algumas faixas (riffs, vocais, corais) com o Iced Earth, banda que sou fã. Blood Sentence, Liberty Is Death e Death Rain são músicas que ilustram bem essa aproximação do DW com a banda do guitarrista John Schaffer.
A qualidade dos músicos é outro grande destaque do disco, principalmente de seu grande vocalista/baixista Bill Martins (também membro do Hellish War) que destrói em todas as músicas do disco com sua voz que me lembra bastante Rob Halford (Judas Priest), Tim Owens e Janne "JB" Christoffersson do Grand Magus. Fazem ainda parte da formação que gravou The Circle Of Blood os guitarristas Cesar Antunha e Décio Andolini e o baterista André Kreidel.
Com uma produção melhor na gravação de um segundo álbum, não tenho dúvidas de que o Dark Witch possa se tornar um dos grandes nomes de nosso atual cenário. Aguardamos e torcemos muito para isso.

Tracklist
01. Circle of Blood
02. Wild Heart
03. Master of Fate
04. Cauldron
05. Firestorm
06. Stronghold
07. Blood Sentence
08. Liberty Is Death
09. Lighthouse Reaper
10. Death Rain
11. Siegfried
12. To Valhalla We Ride
13. Voz de Consciência (Happia Cover)

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