260. MANILLA ROAD – GATES OF FIRE
Se tirássemos um tempo para elaborar uma lista incluindo nela as bandas mais injustiçadas da história do Heavy Metal, certamente teríamos o Manilla Road, clássica banda norte americana de estilo, entre as primeiras colocações da consulta. Com uma carreira iniciada há quase quatro décadas e dezenove álbuns de estúdio lançados, o grupo, liderado pelo vocalista/guitarrista Mark Shelton é responsável por incontestáveis clássicos gravados na década de 1980 e, apesar de se manter totalmente inserido dentro do cenário underground e ignorado pelo mainstream, continua gravando álbuns extremamente cativantes e relevantes para seus fãs.
Em 2005, o Manilla Road gravou o álbum Gates Of Fire, décimo quarto da carreira e segundo depois de um hiato decidido por Shelton após uma briga contratual com sua antiga gravadora, envolvendo o lançamento do álbum Circus Maximus que deveria ser um trabalho solo do vocalista/guitarrista e acabou recebendo, a força, o nome do grupo. Anos depois, e com a banda reformulada, se uniam ao onipresente e genial líder, o baterista Cory Christner, o segundo guitarrista e baixista Harvey Patricke, além de Bryan “Hellroadie” Patrick, ex-roadie e técnico do grupo durante a década de 1980 e que já vinha dividindo as linhas vocais com Mark desde Atlantis Rising (2001).
Gates Of Fire se divide em três peças conceituais, abrangendo as habituais temáticas épicas que dão continuidade a essa forte característica sonora/visual da banda. Da inspiração vinda dos escritos de Robert E. Howard (criador de Connan da Ciméria), passando pela história de Roma a partir do poeta Virgílio e sua obra máxima, Eneida, e, finalmente, encerrando com a sangrenta e heroica batalha das Termópilas sob o ponto de vista dos espartanos, Mark Shelton dá sequência a uma sólida, mas como já dito, infelizmente, subestimada carreira.
Abrindo o álbum de forma raivosa e certeira com Riddle Of Steel, o Manilla já mostra de cara uma de suas fortes características pós retorno, com uma sonoridade mais agressiva, beirando o speed e o thrash metal (muito por conta da forte participação de Bryan nos vocais), com outros mais cadenciados e épicos, principais pilares da banda desde seus primeiros álbuns. A, para mim, descartável Behind The Veil serve apenas como introdução para a ótima When Giants Fall, pesada, cadenciada, uma composição típica do Manilla Road, perfeita para encerrar a primeira trinca de músicas do álbum.
O Segundo tema de Gates Of Fire tem início com a espetacular The Fall Of Illian. Shelton entrega aos fãs um memorável épico de quinze minutos, com início climático, seguido de passagens mais agressivas, memorável refrão, culminando em uma segunda metade mais cadenciada e com um verdadeiro show de guitarras levados pela singular e anasalada voz do genial M. Shelton, para retomar a pancadaria do início e encerrar a obra de forma devastadora. Uma das melhores músicas do Manilla, sem dúvida alguma. Imperious Rise e Rome (outro épico com mais de dez minutos) mantém em altíssimo nível o trabalho e jogam uma responsabilidade e expectativa absurdas para a parte final do disco.
Stand Of The Spartans começa a Terceira e ultima parte do trabalho de forma cadenciada, ritmada, como se representasse a chegada da guarda pessoal do lendário rei espartano ao sangrento e fatídico campo de batalha. Betrayal, com seu instrumental soturno e vocais rasteiros, passa perfeitamente o clima de traição que a letra e o momento da história contada apontam. E por fim, temos Epitaph To The King, que aparece como uma homenagem fúnebre ao admirável sacrifício dos Espartanos em uma batalha contra os Persas durante a chamada Segunda Guerra Médica.
Gates Of Fire é um disco que muito dignifica a carreira do Manilla Road e até merece destaque dentro de sua vasta e rica discografia. Não é qualitativamente regular do início ao fim, mas possui inúmeras qualidades com alguns momentos realmente memoráveis. Incrivelmente, nada dessa clássica e cultuada Banda Norte Americana foi lançado em CD no Brasil, obrigando-nos a recorrer ao Mercado externo e importar todo o material lançado pela mesma por preços cada vez mais altos.
Em 2005, o Manilla Road gravou o álbum Gates Of Fire, décimo quarto da carreira e segundo depois de um hiato decidido por Shelton após uma briga contratual com sua antiga gravadora, envolvendo o lançamento do álbum Circus Maximus que deveria ser um trabalho solo do vocalista/guitarrista e acabou recebendo, a força, o nome do grupo. Anos depois, e com a banda reformulada, se uniam ao onipresente e genial líder, o baterista Cory Christner, o segundo guitarrista e baixista Harvey Patricke, além de Bryan “Hellroadie” Patrick, ex-roadie e técnico do grupo durante a década de 1980 e que já vinha dividindo as linhas vocais com Mark desde Atlantis Rising (2001).
Gates Of Fire se divide em três peças conceituais, abrangendo as habituais temáticas épicas que dão continuidade a essa forte característica sonora/visual da banda. Da inspiração vinda dos escritos de Robert E. Howard (criador de Connan da Ciméria), passando pela história de Roma a partir do poeta Virgílio e sua obra máxima, Eneida, e, finalmente, encerrando com a sangrenta e heroica batalha das Termópilas sob o ponto de vista dos espartanos, Mark Shelton dá sequência a uma sólida, mas como já dito, infelizmente, subestimada carreira.
Abrindo o álbum de forma raivosa e certeira com Riddle Of Steel, o Manilla já mostra de cara uma de suas fortes características pós retorno, com uma sonoridade mais agressiva, beirando o speed e o thrash metal (muito por conta da forte participação de Bryan nos vocais), com outros mais cadenciados e épicos, principais pilares da banda desde seus primeiros álbuns. A, para mim, descartável Behind The Veil serve apenas como introdução para a ótima When Giants Fall, pesada, cadenciada, uma composição típica do Manilla Road, perfeita para encerrar a primeira trinca de músicas do álbum.
O Segundo tema de Gates Of Fire tem início com a espetacular The Fall Of Illian. Shelton entrega aos fãs um memorável épico de quinze minutos, com início climático, seguido de passagens mais agressivas, memorável refrão, culminando em uma segunda metade mais cadenciada e com um verdadeiro show de guitarras levados pela singular e anasalada voz do genial M. Shelton, para retomar a pancadaria do início e encerrar a obra de forma devastadora. Uma das melhores músicas do Manilla, sem dúvida alguma. Imperious Rise e Rome (outro épico com mais de dez minutos) mantém em altíssimo nível o trabalho e jogam uma responsabilidade e expectativa absurdas para a parte final do disco.
Stand Of The Spartans começa a Terceira e ultima parte do trabalho de forma cadenciada, ritmada, como se representasse a chegada da guarda pessoal do lendário rei espartano ao sangrento e fatídico campo de batalha. Betrayal, com seu instrumental soturno e vocais rasteiros, passa perfeitamente o clima de traição que a letra e o momento da história contada apontam. E por fim, temos Epitaph To The King, que aparece como uma homenagem fúnebre ao admirável sacrifício dos Espartanos em uma batalha contra os Persas durante a chamada Segunda Guerra Médica.
Gates Of Fire é um disco que muito dignifica a carreira do Manilla Road e até merece destaque dentro de sua vasta e rica discografia. Não é qualitativamente regular do início ao fim, mas possui inúmeras qualidades com alguns momentos realmente memoráveis. Incrivelmente, nada dessa clássica e cultuada Banda Norte Americana foi lançado em CD no Brasil, obrigando-nos a recorrer ao Mercado externo e importar todo o material lançado pela mesma por preços cada vez mais altos.
Tracklist
The Frost Giant's Daughter
01. Riddle Of Steel
02. Behind The Veil
03. When Giants Fall
Out Of The Ashes
04. The Fall Of Iliam
05. Imperious Rise
06. Rome
Gates Of Fire
07. Stand Of The Spartans
08. Betrayal
09. Epitaph To The King
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