274. TESTAMENT – BROTHERHOOD OF THE SNAKE

Em outubro de 2016, o Testament lançava via Nuclear Blast seu décimo primeiro álbum de estúdio e terceiro após seu triunfal “retorno” com o grande disco The Formation of Damnation. Sucessor direto do espetacular Dark Roots Of Earth (em nossa opinião o melhor disco do Testament), Brotherhood Of The Snake (BOTS), é lançado com um peso enorme de expectativas por parte dos fãs da banda e de muitos apreciadores das vertentes mais agressivas do Heavy Metal.
Felizmente, a atual grande fase criativa vivida pelo clássico grupo da Bay Area tem aqui apenas mais uma etapa, e, esse é sim um album totalmente digno desse momento, o que amplia muito a confiança no futuro do Testament. A criatividade vem acompanhada, provavelmente, da melhor formação que a banda já teve, começando pelo monstruoso Chuck Billy, cantando como nunca, sempre alternando suas vozes e segurando com maestria desde as músicas mais agressivas e próximas do Death Metal onde ele arregaça nos guturais, até as mais cadenciadas e calcadas no Heavy tradicional, onde ele brilha com seus tons mais limpos. Nas guitarras, a excelente dupla composta por o virtuose Alex Skolnick e pelo gigante Eric Peterson (principal compositor da banda e reponsável por todas as faixas de Brotherhood). Pra finalizar esse incível pacote que é o Testament hoje, temos talvez a melhor “cozinha” de bandas de Thrash Metal na atualidade, formada por duas verdadeiras lendas, o insano Gene Hoglan e o ultra técnico Steve DiGiorgio.
Como sexto integrante da banda, podemos certamente apontar o produtor Andy Sneap. Impressionante o trabalho que esse britânico vem realizando em parceria com algumas das maiores bandas de Metal da atualidade. De Kreator, Blaze Bayley e Nevermore, a Saxon, Accept e, mais recentemente, Judas Priest, Sneap está diretamente conectado a alguns dos melhores discos de Heavy/Thrash gravados nos últimos anos, tornando seu nome uma gigantesca referência no meio.
A qualidade técnica e criativa presente em BOTS transborda em uma sequência fantástica e diversificada de músicas que vão da empolgante faixa título, passando pela cadenciada The Pale King (uma das minhas preferidas) até a super agressiva Centuries Of Suffering. Esse pode não ser o melhor dos discos lançado pelo Testament no novo milênio, mas certamente agrega muito valor a já ótima discografia da banda, a consolidando como uma das melhores do estilo na atualidade e, definitivamente, comprova que o Big 4 da Bay Area tem pelo menos um gigante problema de coerência ao não ter a banda de Chuck Billy, Eric Peterson e Gene Hoglan em seu meio.
Consegui adquirir o sensacional box importado, contendo LP picture, CD em formato Digibook (meu formato preferido em cds) e outros mimos. Para os interessados em edições mais simples, o CD foi lançado no Brasil via Shinigami Records em dois formatos de embalagem diferentes, acrílico e digipak.

Tracklist
01. Brotherhood Of The Snake
02. The Pale King
03. Stronghold
04. Seven Seals
05. Born In A Rut
06. Centuries Of Suffering
07. Black Jack
08. Neptune’s Spear
09. Canna-Business
10. The Number Game

Mais Testament no Sonorizando:
The Formation Of Damnation (2008)

Comentários

Postagens mais visitadas