316. DEEP PURPLE - BURN
Não vejo melhor forma de começar a escrever sobre o oitavo álbum do Deep Purple, Burn, do que parafraseando o poeta, também inglês, William Sheakespeare: "há muito mais entre Burn (faixa título que abre o disco) e Mistread (peça que praticamente o encerra) do que pode imaginar nosso vão conhecimento".
Gravado no final 1973 e lançado no início do outro ano, apresenta o Purple passando por sua segunda grande mudança musical e criativa, e dando início a chamada MK3 (Formação). Saiam Roger Glover e Ian Gillan, e entravam em seus lugares, respectivamente, o já experiente Glenn Hughes (Trapeze) e o novato David Coverdale. O grupo perdia dois de seus principais músicos, mas colocava em seu lugar, dois outros, com características diferentes, mas em níveis semelhantes, além disso, as mudanças revigoraram totalmente os remanescentes, voltando a mostrar o guitarrista Ritchie Blackmore, o baterista Ian Paice e o tecladista John Lord em suas melhores formas.
A entrada de Hughes encaixou perfeitamente com a banda naquele momento. Suas fortes influências de soul e funk determinantes em sua voz e forma de tocar se misturaram
imediatamente a nova proposta criativa dos ingleses que já vinha se desenhando desde o ano anterior, com o álbum, Who Do We Think We Are. A essas novidades sonoras incluíam-se a velocidade e agressividade do Hard Rock (beirando o Heavy Metal) que tornaram o Deep Purple uma das mais importantes bandas de Rock de todos os tempos.
Burn é um álbum repleto de grandes momentos. Da espetacular faixa título, cantada em dueto pelos novos vocalistas, e mostrando tudo que Ritchie, Ian e Jon faziam de melhor em seis minutos da mais pura energia e entrosamento; passando por ótimos momentos com uma pegada contendo muito mais groove do que com a formação anterior (MK2), como Might Just Take Your Life, Sail Away e You Fool No One; até a chegada a apoteose, com a fabulosa Mistread, única faixa cantada exclusivamente pelo gigante David Coverdale no álbum, e ele simplesmente destrói. Mais uma obra prima na conta do Deep Purple!
Minha edição em vinil desse álbum é o relançado pela Universal Music no começo de 2016, via selo Back In Black, em prensagem 180 gramas, sem encarte.
A entrada de Hughes encaixou perfeitamente com a banda naquele momento. Suas fortes influências de soul e funk determinantes em sua voz e forma de tocar se misturaram
A MK3 do Purple: Ritchie, Jon, David, Ian e Glenn. |
Burn é um álbum repleto de grandes momentos. Da espetacular faixa título, cantada em dueto pelos novos vocalistas, e mostrando tudo que Ritchie, Ian e Jon faziam de melhor em seis minutos da mais pura energia e entrosamento; passando por ótimos momentos com uma pegada contendo muito mais groove do que com a formação anterior (MK2), como Might Just Take Your Life, Sail Away e You Fool No One; até a chegada a apoteose, com a fabulosa Mistread, única faixa cantada exclusivamente pelo gigante David Coverdale no álbum, e ele simplesmente destrói. Mais uma obra prima na conta do Deep Purple!
Minha edição em vinil desse álbum é o relançado pela Universal Music no começo de 2016, via selo Back In Black, em prensagem 180 gramas, sem encarte.
Tracklist
Side A
01.
BurnSide A
02.
Might Just Take Your Life
03.
Lay Down, Stay Down
04.
Sail Away
Side B
Side B
05.
You Fool No One
06.
What's Goin' On Here
07.
Mistreated
Comentários