331. ENGENHEIROS DO HAWAII - GESSINGER, LICKS & MALTZ
O sétimo álbum de estúdio do Engenheiros do Hawaii, nomeado Gessinger, Licks & Maltz (ou simplesmente GLM ou "disco azul") trouxe ao som dos gaúchos uma ainda maior complexidade sonora dentro de sua já rica discografia. A parceria entre Humberto Gessinger (Voz, Baixo, Piano), Augusto Licks (Guitarra) e Carlos Maltz (Bateria), iniciada no terceiro álbum da banda, chegava ao ápice (e praticamente a seu fim) nesse ano de 1992. Temos nele a culminância de um complexo movimento intelectual e artístico criado e executado brilhantemente pelos três músicos.
GLM traz ao som do Engenheiros características claramente retiradas do Rock Progressivo a suas faixas, trazendo uma clara coesão nas composições do álbum, como se todas as músicas fossem partes de uma única peça (conceito), e deixando de lado a necessidade mercadológica de construção de hits (Ninguém = Ninguém é a unica exceção do disco) em série. Essas ligações, que não eram inéditas na discografia do grupo, aqui se tornam uma de suas principais características, dando ainda mais força a obra.
Nas letras, as costumeiras sequências de frases aparentemente desconexas e difíceis de acompanhar, criadas por Humberto, parecem ter ainda mais força nesse disco, encaixando-se a perfeição com os conceitos exibidos nos títulos das faixas. Essas ótimas letras, com as grandes variações sonoras apresentadas em todo álbum, que vão do fado ao Heavy Metal, passando pelo Folk, Hard Rock e Progressivos, eram algumas das características mais fantásticas do Engenheiros do Hawaii e o motivo principal para eu tê-la como minha banda preferida (e praticamente única) de Rock Nacional.
GLM traz ao som do Engenheiros características claramente retiradas do Rock Progressivo a suas faixas, trazendo uma clara coesão nas composições do álbum, como se todas as músicas fossem partes de uma única peça (conceito), e deixando de lado a necessidade mercadológica de construção de hits (Ninguém = Ninguém é a unica exceção do disco) em série. Essas ligações, que não eram inéditas na discografia do grupo, aqui se tornam uma de suas principais características, dando ainda mais força a obra.
Nas letras, as costumeiras sequências de frases aparentemente desconexas e difíceis de acompanhar, criadas por Humberto, parecem ter ainda mais força nesse disco, encaixando-se a perfeição com os conceitos exibidos nos títulos das faixas. Essas ótimas letras, com as grandes variações sonoras apresentadas em todo álbum, que vão do fado ao Heavy Metal, passando pelo Folk, Hard Rock e Progressivos, eram algumas das características mais fantásticas do Engenheiros do Hawaii e o motivo principal para eu tê-la como minha banda preferida (e praticamente única) de Rock Nacional.
Gessinger, Licks e Maltz é, para mim, o ponto máximo do trio, o momento onde todas suas referências e influências literárias e musicais, além de seus experimentalismos sonoros, realmente explodiram, criando momentos verdadeiramente antológicos para o Rock Nacional como em Túnel do Tempo, Pose (Anos 90), No Inverno Fica Tarde + Cedo, Canibal Vegetariano Devora Planta Carnívora, A Conquista do Espelho e A Conquista do Espaço.
Passados 26 anos de seu lançamento, Gessinger, Licks e Maltz mostra ter envelhecido maravilhosamente bem, além de ser um belíssimo capítulo final (em estúdio) para a melhor formação já vista em uma banda de Rock Nacional.
Tracklist
01. Ninguém =
Ninguém
02. ?Até Quando Você
Vai Ficar?
03. Pampa no
Walkman
04. Túnel do
Tempo
05. Chuva de
Containers
06. Pose (Anos
90)
07. No Inverno Fica
Tarde + Cedo
08. Canibal
Vegetariano Devora Planta Carnívora
09. Parabólica
10. A Conquista do
Espelho
11. Problemas... Sempre
Existiram
12. A Conquista do
Espaço
¡Tchau Radar! (1999)
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Álbum Completo
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