339. GHOST - PREQUELLE
Depois de "conquistar o mundo" com a premiação do Grammy em 2015 com Cirice, faixa de seu álbum anterior Meliora que obteve o premio de melhor música de 2015 na categoria "Melhor Performance de Metal", ficou um pouco de dúvida de que caminho musical seguiria o Ghost em seu próximo álbum. Dúvidas que se aprofundaram com alguns distúrbios ocorridos durante o processo de composição do novo álbum. Os chamados "Nameless Ghouls", músicos contratados para acompanhar os vocalistas Papas Emeritus (I, II, III), decidiram cobrar na justiça direitos sobre as músicas da banda, e no processo acabaram revelando suas identidades e a do vocalista/lider da banda, o sueco Tobias Forge.
Com o processo resolvido e Tobias agora assumindo um novo papel, a de Cardeal Copia, o Ghost lançava seu quarto álbum de estúdio, o fantástico Prequelle. E se enganou redondamente quem pensou que todo esse imbróglio afetaria a qualidade do disco. Tobias apresenta mais uma série de fantásticas composições que mais uma vez brincam sacanamente com a questão do visual X sonoridade. Uma capa brutal (baseada claramente no EP de estreia do Sepultura, Bestial Devastations), letras tendo como base o satanismo e as misérias e sortilégios vividos durante o período medieval europeu, somados ao visual assustador de filmes de horror, continuam contrastando absolutamente com a acessibilidade do som que o grupo faz. Sempre achei genial observar as criações de Tobias sendo cantadas por nossas mães e avós, mesmo sendo elas extremamente religiosas. Trabalho semelhante ao feito por algumas bandas dos primórdios da NWOBHM, como o Demon, que apresentava temática satanista em seus primeiros álbuns, mas também apresentava um som super acessível e comercial na maioria das músicas.
Ao mesmo tempo essa característica de visual/temáticaXsonoridade, me parece ser o exato motivo da repulsa de grande parte da comunidade fã de Heavy Metal em relação a banda. Como se esse tipo de música seguisse dogmas e romper com eles fosse blasfêmia. Mas quem melhor para desrespeitar dogmas e cometer blasfêmias que um papa satânico? Mais uma vez genial!
Prequelle possui realmente uma grande quantidade de músicas épicas que se destacam dentro da discografia do Ghost, como Rats e Dance Macabre (irresistivelmente dançantes e puro anos 1980), Faith (talvez a única com maiores características ligadas ao Heavy Metal possuindo ótimos riffs), See The Light e Witch Image. O álbum foi lançado em CD no Brasil pela Universal Music em formato papersleeve. Como odeio o formato e adorei o disco e seu trabalho gráfico, optei então por investir um pouco mais e adquirir uma cópia em vinil. Recomendo.
Como curiosidade e voltando a falar em Grammy, a banda concorre a dois prêmios na edição de 2019, com Rats em melhor Música de Rock, além da categoria de melhor disco de Rock do ano. Alguém duvida?
Com o processo resolvido e Tobias agora assumindo um novo papel, a de Cardeal Copia, o Ghost lançava seu quarto álbum de estúdio, o fantástico Prequelle. E se enganou redondamente quem pensou que todo esse imbróglio afetaria a qualidade do disco. Tobias apresenta mais uma série de fantásticas composições que mais uma vez brincam sacanamente com a questão do visual X sonoridade. Uma capa brutal (baseada claramente no EP de estreia do Sepultura, Bestial Devastations), letras tendo como base o satanismo e as misérias e sortilégios vividos durante o período medieval europeu, somados ao visual assustador de filmes de horror, continuam contrastando absolutamente com a acessibilidade do som que o grupo faz. Sempre achei genial observar as criações de Tobias sendo cantadas por nossas mães e avós, mesmo sendo elas extremamente religiosas. Trabalho semelhante ao feito por algumas bandas dos primórdios da NWOBHM, como o Demon, que apresentava temática satanista em seus primeiros álbuns, mas também apresentava um som super acessível e comercial na maioria das músicas.
Ao mesmo tempo essa característica de visual/temáticaXsonoridade, me parece ser o exato motivo da repulsa de grande parte da comunidade fã de Heavy Metal em relação a banda. Como se esse tipo de música seguisse dogmas e romper com eles fosse blasfêmia. Mas quem melhor para desrespeitar dogmas e cometer blasfêmias que um papa satânico? Mais uma vez genial!
Prequelle possui realmente uma grande quantidade de músicas épicas que se destacam dentro da discografia do Ghost, como Rats e Dance Macabre (irresistivelmente dançantes e puro anos 1980), Faith (talvez a única com maiores características ligadas ao Heavy Metal possuindo ótimos riffs), See The Light e Witch Image. O álbum foi lançado em CD no Brasil pela Universal Music em formato papersleeve. Como odeio o formato e adorei o disco e seu trabalho gráfico, optei então por investir um pouco mais e adquirir uma cópia em vinil. Recomendo.
Como curiosidade e voltando a falar em Grammy, a banda concorre a dois prêmios na edição de 2019, com Rats em melhor Música de Rock, além da categoria de melhor disco de Rock do ano. Alguém duvida?
01. Ashes
02. Rats
03. Faith
04. See The Light
05. Miasma
06. Dance Macabre
07. Pro Memoria
08. Witch Image
09. Helvetesfönster (instrumental)
10. Life Eternal
10. Life Eternal
Mais Ghost no Sonorizando:
Meliora (2015)
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