344. SATAN - CRUEL MAGIC

Em 1983, os guitarristas Steve Ramsey e Russ Tippins e o baixista Graeme English, músicos que formaram o Satan ainda no final da década de 1970, conseguiram encaixar a formação perfeita da banda ao contratar o baterista Sean Taylor e o vocalista Brian Ross. Os cinco são responsáveis pela gravação do seminal Court In The Act, aclamado e reverenciado álbum que transformou os ingleses em verdadeiros ícones do Heavy Metal (N.O.B.H.M.). Após a gravação deste, Ross sai para fazer parte do Blitzkrieg (!!!), onde se encontra até hoje, e o resto da banda seguia brevemente com o Satan após a contratação de um novo vocalista e outros projetos como o Blind Fury e Pariah. 

Em 2013, Steve, Russ, Graeme, Sean e Brian voltaram a se reunir com o objetivo de comemorar os 30 anos do lançamento do álbum de estréia, e desde o triunfal e explosivo retorno, já são três novos álbuns de estúdio e um ao vivo, sendo Cruel Magic (2018) o mais recente deles.

A fórmula pós retorno mais uma vez se repete, se expande e se aprofunda em Cruel Magic, dando aos fiéis fãs do Satan tudo o que eles esperam e aguardam a cada um de seus lançamentos. Começando por mais uma fantástica capa  pintada pelo genial Eliran Kantor, contendo o ameaçador juiz inquisidor da banda dessa vez afogando suas vitimas, passando pelas letras com temáticas sombrias e perversas falando sobre bruxaria, satanismo, morte e fim do mundo, até o fantástico desempenho da banda, com destaques absolutos para Ramsey e Tippins que destroem mais uma vez com seus riffs cortantes  e maravilhosos duelos de solos de guitarras constantes e, por fim, o monstruoso Brian Ross, com sua voz que vai do tom lúgubre ao agressivo e do melódico ao sombrio de forma única, qualidades que o tornam, sem sombra de dúvidas, um dos melhores vocalistas da história do Heavy Metal. 

Cruel Magic é um álbum bastante coeso, sem muitos altos e baixos. Difícil apontar destaques entre as ótimas Into The Mouth Of Eternity, The Doomsday Clock, Legions Hellbound, Ophidian, My Prophetic Soul e Mortality. O álbum, lançado internacionalmente pela Metal Blade Records, recebeu edição nacional via Urubuz Records em caixa acrílica e com um belo slipcase (que parece ter se tornado padrão para os ótimos lançamentos do selo), não acompanha faixa bônus.

2018 definitivanente foi um ótimo ano para a música pesada e para o mercado fonográfico brasileiro que nunca esteve tão ativo para o Heavy Metal e seus muitos derivados. Cruel Magic é certamente um que merece grande destaque dentre esses.

Tracklist 
01. Into The Mouth Of Eternity
02. Cruel Magic
03. The Doomsday Clock
04. Legions Hellbound
05. Ophidian
06. My Prophetic Soul
07. Death Knell For A King
08. Who Among Us
09. Ghosts Of Monongah
10. Mortality