574. BARONESS - GOLD & GREY
Em 2012, acompanhando reviews em sites especializados e pesquisando em sites de compartilhamento de arquivos, tive acesso a algumas novas ótimas bandas que tinham como características principais de sua sonoridade o resgate do Stoner/Sludger/Doom Metal criado pelo Black Sabbath em seus primeiros discos durante a década de 1970. Grande parte dessas bandas surgiram nos Estados Unidos e as que mais me agradaram compartilhavam outra significativa coincidência, eram da mesma região e, portanto, compartilhavam a mesma cena, facilitando minha pesquisa e descoberta de bons nomes.
Então, foi exatamente nesse período que comecei a escutar e comprar materiais de bandas como Kylesa, Royal Thunder e duas outras que imediatamente entraram na minha galeria de "preferidas", eram elas Mastodon e Baroness. Formada em 2003 na cidade de Savanna pelo vocalista, guitarrista e artista plástico John Baizley (responsável pelos fabulosos desenhos das capas dos discos do grupo), o Baroness lançou em 2019 seu quinto álbum de estúdio, Gold & Grey.
Lançado quatro anos depois do excelente Purple, Gold & Grey traz uma única mas significativa mudança na formação da banda, que manteve as presenças do baixista/tecladista Nick Jost e do baterista Sebastian Thomson, mas contabilizou a saída de Peter Adams, companheiro de guitarras de Baizley desde a gravação do Blue Record em 2009 e o único músico (além do próprio John) a estar presente no acidente no ônibus de turnê na Inglaterra em 2012, que quase acabou com a banda. Peter foi substituído pela ótima Gina Gleason, que além das guitarras faz um excelente e fascinante trabalho de segunda voz durante quase praticamente todo o álbum.
Trazendo mais uma vez uma leva incrível de faixas maravilhosas como Front Toward Enemy, I'm Already Gone, Seasons, Tourniquet, Throw Me An Anchor, I'd Do Anything, Cold-Blooded Angels, Broken Halo e Borderlines, John Baizley e seu Baroness mostram mais uma vez uma grande banda que continua em um constante e brilhante estado de evolução, que vai deixando um pouco de lado as características que possuia mais próximas do Metal, continuando a apresentar peso e agressividade em momentos cada vez mais intensos e bem encaixados. Pelo outro lado, continua seguindo firme por caminhos mais progressivos e psicodélicos que resvalam em outras nuances que esbarram até no Rock Alternativo. Som perfeito para quem não está preso em caixas ou bolhas e gosta, mesmo que moderadamente, de variações e experimentações dentro da música.
Como destaque negativo, é impossível não apontar mais uma vez a "equivocada" escolha de produção e mixagem do álbum. Produzido e mixado por Dave Fridman, Gold & Grey potencializa o que já havia sido feito no Purple, também produzido por Dave e apresenta . A opção por apresentar uma atmosfera ainda mais crua que o disco anterior, gerou momentos onde os instrumentos soam excessivamente misturados passando uma incômoda sensação de barulho que atrapalha a imersão do ouvinte em boa parte de suas composições. Com o tempo, e insistindo na audição por já me considerar fã e ter gostado imediatamente de várias músicas desse trabalho, consegui superar esse obstáculo. Fato que não deve ter ocorrido com muita frequência e que certamente prejudicou sua divulgação e sucesso. Obviamente, respeito a decisão criativa e artística da banda com essa decisão, mas aposto fácil e alto que se Gold & Grey tivesse recebido produção similar a de Yellow & Green (obra prima do Baroness), sua história teria sido outra, pois mesmo com esse porém, teve presença garantida na minha lista de melhores discos lançados em 2019.
Então, foi exatamente nesse período que comecei a escutar e comprar materiais de bandas como Kylesa, Royal Thunder e duas outras que imediatamente entraram na minha galeria de "preferidas", eram elas Mastodon e Baroness. Formada em 2003 na cidade de Savanna pelo vocalista, guitarrista e artista plástico John Baizley (responsável pelos fabulosos desenhos das capas dos discos do grupo), o Baroness lançou em 2019 seu quinto álbum de estúdio, Gold & Grey.
Lançado quatro anos depois do excelente Purple, Gold & Grey traz uma única mas significativa mudança na formação da banda, que manteve as presenças do baixista/tecladista Nick Jost e do baterista Sebastian Thomson, mas contabilizou a saída de Peter Adams, companheiro de guitarras de Baizley desde a gravação do Blue Record em 2009 e o único músico (além do próprio John) a estar presente no acidente no ônibus de turnê na Inglaterra em 2012, que quase acabou com a banda. Peter foi substituído pela ótima Gina Gleason, que além das guitarras faz um excelente e fascinante trabalho de segunda voz durante quase praticamente todo o álbum.
Trazendo mais uma vez uma leva incrível de faixas maravilhosas como Front Toward Enemy, I'm Already Gone, Seasons, Tourniquet, Throw Me An Anchor, I'd Do Anything, Cold-Blooded Angels, Broken Halo e Borderlines, John Baizley e seu Baroness mostram mais uma vez uma grande banda que continua em um constante e brilhante estado de evolução, que vai deixando um pouco de lado as características que possuia mais próximas do Metal, continuando a apresentar peso e agressividade em momentos cada vez mais intensos e bem encaixados. Pelo outro lado, continua seguindo firme por caminhos mais progressivos e psicodélicos que resvalam em outras nuances que esbarram até no Rock Alternativo. Som perfeito para quem não está preso em caixas ou bolhas e gosta, mesmo que moderadamente, de variações e experimentações dentro da música.
Como destaque negativo, é impossível não apontar mais uma vez a "equivocada" escolha de produção e mixagem do álbum. Produzido e mixado por Dave Fridman, Gold & Grey potencializa o que já havia sido feito no Purple, também produzido por Dave e apresenta . A opção por apresentar uma atmosfera ainda mais crua que o disco anterior, gerou momentos onde os instrumentos soam excessivamente misturados passando uma incômoda sensação de barulho que atrapalha a imersão do ouvinte em boa parte de suas composições. Com o tempo, e insistindo na audição por já me considerar fã e ter gostado imediatamente de várias músicas desse trabalho, consegui superar esse obstáculo. Fato que não deve ter ocorrido com muita frequência e que certamente prejudicou sua divulgação e sucesso. Obviamente, respeito a decisão criativa e artística da banda com essa decisão, mas aposto fácil e alto que se Gold & Grey tivesse recebido produção similar a de Yellow & Green (obra prima do Baroness), sua história teria sido outra, pois mesmo com esse porém, teve presença garantida na minha lista de melhores discos lançados em 2019.
Tracklist
Disco 1
Lado A
01. Front Toward Enemy
02. I'm Already Gone
03. Seasons
04. Sevens (instrumental)
05. Tourniquet
06. Anchor's Lament
Lado B
07. Throw Me An Anchor
08. I'd Do Anything
09. Blankets Of Ash (instrumental)
10. Emmett - Radiating Light
11. Cold-Blooded Angels
Disco 2
01. Crooked Mile (instrumental)
02. Broken Halo
03. Can Oscura (instrumental)
04. Borderlines
05. Assault On East Falls (instrumental)
06. Pale Sun
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