575. TIAMAT - WILDHONEY
Em 2019 os fãs brasileiros do guitarrista/vocalista Johan Edlund e seu Tiamat foram presenteados com os lançamentos de dois dos principais discos de sua carreira a partir de um grande esforço entre os selos Cold Art Industry, Rising Records, e outros dois parceiros. Após realizar um fantástico trabalho na versão nacional de The Astral Sleep, segundo disco da banda (gravado em 1991 e pela primeira vez lançado no Brasil), os selos voltaram a se unir para trazer ao mercado brasileiro, ainda no mesmo ano, outro grande clássico dos suecos, a obra prima Wildhoney, quarto trabalho dos caras que ja havia recebido versão nacional em 1995 via Cogumelo Records e que foi relançado aqui em dezembro último em formato de luxo, com encarte envernizado, slipcase com arte diferente da capa e detalhes em alto relevo e, dessa fez, acompanhando o EP Gaya (a versão da Cogumelo apresentava apenas as dez faixas originais do álbum) como bônus.
Musicalmente, Wildhoney é uma verdadeira catarse criativa retirada das mentes do genial Edlund com ajuda do baixista Johnny Hagel, únicos a continuar na banda após a debandada coletiva ocorrida após o lançamento de Clouds (1992). Aprofundando de forma absurda as experimentações presentes já em seu primeiro disco Sumerian Cry (1990), onde o Black/Death Metal com vocais guturais se misturava a momentos mais progressivos e lamentosos típicos do Doom Metal, o Tiamat apresentava, disco a disco, uma progressiva inclusão de camadas em sua sonoridade que além de engrandecê-la, expandi-la de forma surpreendente, dificulta o seu encaixe em algum estilo específico. Transitando então do Death Metal ao Doom e já flertando pesadamente com a música gótica em seus três primeiros discos, chega ao quarto lançamento, justamente esse Wildhoney, dando uma abraço forte nessa proposta Gothic Metal e praticamente abandonando qualquer resquício ao peso e agressividade do passado e, ainda presente em seu disco anterior.
Wildhoney é uma obra prima de fato - incluindo a brilhante arte da capa assinada por Jan Kristian “Necrolord” Wåhlin, também responsável pelas lindas capas de The Astral Sleep e Clouds -, maiúscula, extremamente climática, viajante, épica, lírica e profunda. Composta de uma série perfeita de peças brilhantes encabeçadas por pérolas como Whatever That Hurts, The Ar e Do You Dream of Me?. Uma série de músicas apresentando temáticas diversas como natureza, romance e viagens através de ácidos que se misturam perfeitamente como em um grande álbum conceitual de rock progressivo, incluindo passagens que conectam (25th Floor) e outras que fazem com que as faixas dialoguem, além de alguns solos (como o que finaliza a linda Gaia) que tem claramente o Pink Floyd como referência. Wildhoney também possui ótimas variações, sendo uma das principais as mudanças no canto de Johan, que transita brilhantemente entre o limpo e o gutural de outros tempos. É um Tiamat incrivelmente diferente, que continua sendo puro Tiamat.
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Musicalmente, Wildhoney é uma verdadeira catarse criativa retirada das mentes do genial Edlund com ajuda do baixista Johnny Hagel, únicos a continuar na banda após a debandada coletiva ocorrida após o lançamento de Clouds (1992). Aprofundando de forma absurda as experimentações presentes já em seu primeiro disco Sumerian Cry (1990), onde o Black/Death Metal com vocais guturais se misturava a momentos mais progressivos e lamentosos típicos do Doom Metal, o Tiamat apresentava, disco a disco, uma progressiva inclusão de camadas em sua sonoridade que além de engrandecê-la, expandi-la de forma surpreendente, dificulta o seu encaixe em algum estilo específico. Transitando então do Death Metal ao Doom e já flertando pesadamente com a música gótica em seus três primeiros discos, chega ao quarto lançamento, justamente esse Wildhoney, dando uma abraço forte nessa proposta Gothic Metal e praticamente abandonando qualquer resquício ao peso e agressividade do passado e, ainda presente em seu disco anterior.
Wildhoney é uma obra prima de fato - incluindo a brilhante arte da capa assinada por Jan Kristian “Necrolord” Wåhlin, também responsável pelas lindas capas de The Astral Sleep e Clouds -, maiúscula, extremamente climática, viajante, épica, lírica e profunda. Composta de uma série perfeita de peças brilhantes encabeçadas por pérolas como Whatever That Hurts, The Ar e Do You Dream of Me?. Uma série de músicas apresentando temáticas diversas como natureza, romance e viagens através de ácidos que se misturam perfeitamente como em um grande álbum conceitual de rock progressivo, incluindo passagens que conectam (25th Floor) e outras que fazem com que as faixas dialoguem, além de alguns solos (como o que finaliza a linda Gaia) que tem claramente o Pink Floyd como referência. Wildhoney também possui ótimas variações, sendo uma das principais as mudanças no canto de Johan, que transita brilhantemente entre o limpo e o gutural de outros tempos. É um Tiamat incrivelmente diferente, que continua sendo puro Tiamat.
Tracklist
01. Wildhoney (instrumental)
02. Whatever That Hurts
03. The Ar
04. 25th Floor (instrumental)
05. Gaia
06. Visionaire
07. Kaleidoscope (instrumental)
08. Do You Dream of Me?
09. Planets (instrumental)
10. A Pocket Size Sun
11. Gaia (Video Edit)
12. The Ar (Radio Cut)
13. When You're In (Pink Floyd Cover Version)
14. Whatever That Hurts (Video Edit)
15. The Ar (Ind Mix)
16. Visionaire (Remixed Long-Form Version)Mais Tiamat no Sonorizando:
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