576. CIRITH UNGOL - PARADISE LOST
Após uma ótima sequência de álbuns (três ao todo) gravados entre 1981 e 1986, a banda underground de Epic/Doom Metal norte americana Cirith Ungol, passou a demonstrar graves problemas na distribuição de seus discos após deixar a Enigma Records e assinar com a Restless Records em 1986, quando lançou seu terceiro trabalho, One Foot In Hell. Fora dos planos de distribuição internacional da gravadora, que não pretendia nem dar apoio em turnês fora da América, Tim Baker e Robert Garven tentaram ainda um acordo com a Roadrunner Records, que já havia trabalhado com a banda nos outros discos, mas com a negativa acabaram decidindo pela paralisação das atividades da banda e Paradise Lost seria lançado apenas nos Estados Unidos, Canadá e Grécia, praticamente sem divulgação.
Tornando-se cultuada dentro do underground e, adorada por colecionadores de bandas dos anos 1980 - mesmo possuindo um estilo bastante peculiar e único que também costuma causar rejeição entre apreciadores de H.M. -, recentemente foi redescoberta por uma nova geração de apreciadores do Heavy Metal construído naquela década e que conheceram o movimento a partir de novas bandas como Visigoth e Eternal Champion. Devido a essa junção de fatores, o Cirith Ungol teve seus três primeiros discos lançados e relançados diversas vezes, em vários países, inclusive no Brasil. Por aqui a banda teve seus dois primeiros LPs editados (ainda nos anos 1980, e com o célebre caso das capas trocadas) e, na última década, a trilogia inicial foi lançada uma vez em CD digipak e foi recentemente anuncido pela Hellion Records Brazil, novas edições, também em CD, mas dessa vez em estojo acrílico e slipcase.
E se existe algo em comum entre todos esses relançamentos dos álbuns do Cirith Ungol, estava justamente na sentida ausência de Paradise Lost entre eles. O álbum esteve preso sob as asas inclementes da Restless Records, que teimou em dificultar a cessão dos direitos do disco e o viu ser exaustivamente pirateado mundo a fora, até que o selo e banda entrassem em acordo com a Metal Blade Records em 2016. O selo norte americano especializado em Heavy Metal e seus derivados, editou toda a discografia do grupo em Vinyl, dessa vez incluindo o maravilhoso quarto álbum que, vinte e cinco anos depois, era lançado apenas pela segunda vez em versões oficiais.
Musicalmente, considero Paradise Lost um álbum praticamente perfeito. Contando com Tim Baker nos vocais, Robert Garven na bateria, Jim Barraza na guitarra e Vernon Green no baixo, temos um trabalho que consegue apresentar as principais características do som do Cirith Ungol no início dos anos 1980, ou seja, músicas épicas, fortes e pesadas que se postam perfeitamente na fina linha que separa o US Power Metal do Epic Doom Metal. Ao mesmo tempo, fica claro uma tentativa do quarteto americano em apontar uma renovação de sua sonoridade, aproximando-a do Power/Heavy Metal tradicional que era construído no início da década de 1990, principalmente na Europa. A fantástica Heaven Help Us, música escrita pelo baixista convidado Robert Warrenburg, é um grande exemplo dessa afirmação, trazendo um instrumental mais direto e acelerado, sensacionais riffs e refrões e a surpreendente atuação com vocais "limpos" feita por Baker. Além dessa maravilha, o disco possui algumas das melhores composições da carreira do Cirith como Join The Legion, Chaos Rising, Fallen Idols e a faixa título, além das excelentes versões para Fire (The Crazy World of Arthur Brown, 1968) e Go It Alone (excelente música do Prophecy, banda anterior do Jim Barraza).
Paradise Lost continua sendo um dos meus discos preferidos do Cirith Ungol, que é uma das minhas bandas preferidas dentro do Heavy Metal. Daqueles álbuns que justificam, sem titubear, sua aquisição em todos os formatos possíveis.
Tornando-se cultuada dentro do underground e, adorada por colecionadores de bandas dos anos 1980 - mesmo possuindo um estilo bastante peculiar e único que também costuma causar rejeição entre apreciadores de H.M. -, recentemente foi redescoberta por uma nova geração de apreciadores do Heavy Metal construído naquela década e que conheceram o movimento a partir de novas bandas como Visigoth e Eternal Champion. Devido a essa junção de fatores, o Cirith Ungol teve seus três primeiros discos lançados e relançados diversas vezes, em vários países, inclusive no Brasil. Por aqui a banda teve seus dois primeiros LPs editados (ainda nos anos 1980, e com o célebre caso das capas trocadas) e, na última década, a trilogia inicial foi lançada uma vez em CD digipak e foi recentemente anuncido pela Hellion Records Brazil, novas edições, também em CD, mas dessa vez em estojo acrílico e slipcase.
E se existe algo em comum entre todos esses relançamentos dos álbuns do Cirith Ungol, estava justamente na sentida ausência de Paradise Lost entre eles. O álbum esteve preso sob as asas inclementes da Restless Records, que teimou em dificultar a cessão dos direitos do disco e o viu ser exaustivamente pirateado mundo a fora, até que o selo e banda entrassem em acordo com a Metal Blade Records em 2016. O selo norte americano especializado em Heavy Metal e seus derivados, editou toda a discografia do grupo em Vinyl, dessa vez incluindo o maravilhoso quarto álbum que, vinte e cinco anos depois, era lançado apenas pela segunda vez em versões oficiais.
Musicalmente, considero Paradise Lost um álbum praticamente perfeito. Contando com Tim Baker nos vocais, Robert Garven na bateria, Jim Barraza na guitarra e Vernon Green no baixo, temos um trabalho que consegue apresentar as principais características do som do Cirith Ungol no início dos anos 1980, ou seja, músicas épicas, fortes e pesadas que se postam perfeitamente na fina linha que separa o US Power Metal do Epic Doom Metal. Ao mesmo tempo, fica claro uma tentativa do quarteto americano em apontar uma renovação de sua sonoridade, aproximando-a do Power/Heavy Metal tradicional que era construído no início da década de 1990, principalmente na Europa. A fantástica Heaven Help Us, música escrita pelo baixista convidado Robert Warrenburg, é um grande exemplo dessa afirmação, trazendo um instrumental mais direto e acelerado, sensacionais riffs e refrões e a surpreendente atuação com vocais "limpos" feita por Baker. Além dessa maravilha, o disco possui algumas das melhores composições da carreira do Cirith como Join The Legion, Chaos Rising, Fallen Idols e a faixa título, além das excelentes versões para Fire (The Crazy World of Arthur Brown, 1968) e Go It Alone (excelente música do Prophecy, banda anterior do Jim Barraza).
Paradise Lost continua sendo um dos meus discos preferidos do Cirith Ungol, que é uma das minhas bandas preferidas dentro do Heavy Metal. Daqueles álbuns que justificam, sem titubear, sua aquisição em todos os formatos possíveis.
Tracklist
Lado A
01. Join The Legion
02. The Troll
03. Fire (The Crazy World of Arthur Brown cover)
04. Heaven Help Us
05. Before The Lash
Lado B
06. Go It Alone (Prophecy cover)
07. Chaos Rising
08. Fallen Idols
09. Paradise Lost
Mais Cirith Ungol no Sonorizando:
Frost And Fire (1981)
Servants Of Chaos (Compilation - 2001)
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