665. OMEN - BATTLE CRY
O ano de 1984 é provavelmente um dos mais significativos e emblemáticos de toda a História do Heavy Metal tradicional pois viu nascer, sobretudo na Europa e no norte das Américas, uma série incrivelmente absurda de grandes bandas e de álbuns que tornaram-se imediatemente obras primas incontestáveis da música pesada. Muitos deles, inclusive, tornaram-se responsáveis diretos pelo surgimento de algumas das mais importantes derivações do gênero, como o Progressive Metal e o Thrash Metal.
Esse fenômeno, como já dito, não foi exclusivo de uma única e solitária região, país ou continente específico, mesmo assim, teve certamente dentro dos Estados Unidos um de seus campos mais férteis. Manowar com seu soberbo terceiro disco, Hail To England; Manilla Road com seu incontestável e agressivo Open The Gates; Cirith Ungol com sua obra prima King Of The Dead; Warlord com o magnífico And The Cannons Of Destruction Have Begun...; e, finalmente, o californiano Omen com sua espetacular estreia em Battle Cry , trouxeram ao Heavy Metal americano uma variável de caráter totalmente único e singular, comparada a tudo já feito dentro do gênero pelo menos até aquele momento.
Com a criação do que ficou conhecido posteriormente como Epic Heavy Metal, Epic Power Metal ou simplesmente True Metal, passamos a ver uma série de conceitos e composições que pareciam criadas dentro de forjas constrúidas em tempos considerados remotos, que cuspiam armas de aço em abundância para o alimento de terríveis e odiosas batalhas épicas travadas entre guerreiros lendários. Nascia ali uma variação do Heavy Metal que representava com perfeição a sangrenta e fictícia Era hiboriana criada por Robert E Howard para as aventuras de seu icônico personagem Conan ou, para o traiçoeiro e violento universo criado pelo britânico Michael Morcook (Elric de Melniboné e a saga do Campeão Eterno).
Acervo Pessoal Vladimir Sousa, 06/10/2020 |
Abrindo a bolacha com a imponente Death Rider, o Omen parte para cima do ouvinte com força total, apresentando uma cozinha que mais parece um exército em marcha, linhas de guitarras com riffs e solos absolutamente matadores, e que juntos a espetacular voz de J.D. tornaram faixas como The Axeman, Last Rites, Be My Wench, a faixa título, Die By The Blade, Prince Of Darkness e In The Arena em clássicos imediatos do Heavy Metal americano.
Lançado e relançado em diversas ocasiões (incluindo edições em CD pelo selo argentino Pacheco Records e, nesse ano de 2020, pelo selo brasileiro Nuclear Music), destaco como a melhor edição, o relançamento limitado em LP feito pela gravadora alemã High Roller Records, em parceria com a Metal Blade, com o álbum remasterizado, capa gatefold, poster com reprodução da icônica ilustração da capa e vinil colorido em 180 gramas.
Lado A
01. Death Rider
02. The Axeman
03. Last Rites
04. Dragon's Breath
05. Be My Wench
Lado B
02. The Axeman
03. Last Rites
04. Dragon's Breath
05. Be My Wench
Lado B
06. Battle Cry
07. Die By The Blade
08. Prince Of Darkness
09. Bring Out The Beast
10. In The Arena
07. Die By The Blade
08. Prince Of Darkness
09. Bring Out The Beast
10. In The Arena
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