723. IRON MAIDEN - BRAVE NEW WORLD
Diferentemente da esmagadora maioria dos fãs da Donzela de Ferro britânica, me incluo entre os poucos que gostaram da fase da banda tendo a frente o simpático e batalhador vocalista Bayley Alexander Cooke, ou Blaze Bayley para apreciadores e, detradores. O fato é que, gostando ou não, o músico esteve na banda durante sua maior crise, desde pelo menos 1980, quando lançaram seu primeiro disco. E podemos também dizer que a crise, ou crises, não se deu, ou se deram, apenas pela mudança de quem conduzia o grupo ao vivo, nos palcos.
Deixando esse assunto para o momento propício e, focando exclusivamente no início de mais uma nova era para a banda, a partir de 1999 com o fim da fase Blaze e, o retorno não apenas de Bruce, mas também de Adrian Smith - guitarrista clássico do Iron que havia "pedido o boné" em 1990 -, vimos o Iron Maiden receber de volta toda a atenção midiática e, dos fãs, que havia perdido gradativamente nos últimos cinco anos e, consequentemente, uma absurda expectativa em relação ao álbum que viria dessa "nova formação", contendo então três guitarras com a volta de Adrian Smith à sua parceria com o genial Dave Murray e, a manutenção de seu substituto Janick Gers, grande amigo dos músicos e figura importantíssima nas performances da banda ao vivo; o baterista Nicko McBrain; e, a dupla Dickinson/Harris, líderes incontestes da banda hoje.
A curiosidade dos fãs sobre o conteúdo do novo disco, nomeado como Brave New World e que além dos retornos de Bruce e Adrian, trouxe também uma ultima contribuição do genial artista Derek Riggs (pai do Eddie) com a banda, começou a ser recompensada já com o lançamento do single e do videoclipe de The Wicker Man, uma música forte, agressiva e melódica com claras referências ao som da banda nos anos 1980, e com performance ultra empolgante da banda, sobretudo do vocalista, que realmente fez até quem gostou dos discos com Blaze, virar definitivamente a página. Já com o restante do álbum, lançado em maio de 2000, veio a constatação de algo que se tornou determinante para a carreira do grupo logo depois de ter lançado Fear Of The Dark em 1992 e que já havia sido demonstrado em vários momentos já desde o primeiro disco mas, tendo seu ápice em 1988, com Seventh Son Of A Seventh Son.
As músicas mais longas e progressivas, com sessões instrumentais mais extensas e diversas, com muito mais ênfase para o épico e, as vezes, até para a melancolia, começaram a ser dominantes dentro do processo de composição de Steve no Iron Maiden, e em Brave New World já se tornaram dominantes através de composições como Ghost Of The Navigator, a faixa título, Blood Brother, Dream Of Mirrors, The Nomad e da espetacular The Thin Line Between Love & Hate. Entre as mais diretas se destacam a citada The Wicker Man, The Mecenary e até Out Of The Silent Planet, que apesar de seu tempo mais extenso, de mais de seis minutos, tem estrutura simples e possui letra curta e, bastante, repetitiva.
Considerado por muitos como o melhor disco gravado pelo Iron, após o retorno de sua formação clássica, Brave New World tornou-se, definitivamente um de seus muitos clássicos, tendo rendido ao grupo uma sensacional turnê que, culminou em um memorável show na terceira edição do Festival Rock In Rio (em 2001) para uma multidão de fãs brasileiros alucinados, tudo registrado, posteriormente, em CD e DVD.
Up The Irons!
Tracklist
01. The Wicker Man
02. Ghost Of The Navigator
03. Brave New World
04. Blood Brothers
05. The Mercenary
06. Dream Of Mirrors
07. The Fallen Angel
08. The Nomad
09. Out Of The Silent Planet
10. The Thin Line Between Love & Hate
01. The Wicker Man
02. Ghost Of The Navigator
03. Brave New World
04. Blood Brothers
05. The Mercenary
06. Dream Of Mirrors
07. The Fallen Angel
08. The Nomad
09. Out Of The Silent Planet
10. The Thin Line Between Love & Hate
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