731. X-WILD - SO WHAT!
O trio de músicos alemães, formado pelo baixista Jens Becker, o baterista Stefan Schwarzmann e o guitarrista Axel Morgan, figuraram como membros efetivos do Running Wild durante o final dos anos 1980 e início dos anos 1990, tendo estado ao lado do Rolf Kasparek nas gravações de clássicos incontestáveis dos piratas como Port Royal (Jens e Stefan), Death Or Glory (Jens), Blazon Stone (Jens e Axel) e Pile Of Skulls (Morgan e Stefan). Mas apesar de suas boas atuações nos discos, a alta rotatividade imposta por seu líder desde praticamente o primeiro disco lançado pela banda, levou a saída de todos eles entre os anos de 1992/1993, por motivos que nem os próprios conseguem apontar quais foram.
Com o trio fora do Running Wild (que se preparava para lançar o ótimo Black Hand Inn com uma formação completamente nova), mas com ótimas idéias para seguir em frente, em outro projeto e com novos discos, foi criado, ainda em 1993, o X-Wild (ou para os bons entendedores, Ex-Running Wild). Para assumir os vocais, Jens, Stefan e Axel escolheram Frank Knight, dono de um timbre representante puro do Heavy Metal germânico, ou seja, agressivo (e rasgado) na linha do ícone Udo Dirkschneider, mas com muita facilidade em se aproximar da forma de cantar de Rock N' Rolf. Na sonoridade, o novo grupo apostou em uma forte e bem vinda mistura entre o som - mais agressivo, veloz, com empolgantes riffs e refrões -, dos primeiros anos do Running Wild, quando eram adeptos do Power/Speed Metal e, o empolgante, mas bem mais melodioso, cadenciamento comuns nas composições do Accept durante a década de 1980.
Lançado no início de 1994 (apenas um mês antes de Black Hand Inn e por zero coincidência), So What!, título do excelente álbum de estréia do X-Wild, é um material que, obviamente, presta um forte tributo ao Running Wild mas, ao mesmo tempo, não fica totalmente preso a essa sonoridade ao inserir em doses cavalares, outros tipos de elementos do maravilhoso Metal germânico dos anos 1980. Então, ao mesmo tempo que o disco traz vários riffs, melodias e empolgantes refrões que pareciam ter vindo diretamente do "Porto Real" ou da "Baia da Tartaruga", ele puxa, principalmente em sua segunda metade, o cadenciamento e até mesmo uma bem vinda aproximação ao Heavy Metal britânico do inicio da década de 1980 (que influenciou todo mundo na Europa) que, aliada a potente e marcante voz de Frank Knight, lembram bastante a fase mais clássica do Accept e outras bandas da Alemanha.
Contendo excelentes faixas como Can't Tame The Wild, Dealing With The Devil, Scarred To The Bone, Beastmaster, Freeway Devils e Different (So What?), esse primeiro disco dos X-Wild é um verdadeiro deleite para apreciadores do Metal germânico e foi recentemente lançado no Brasil, em CD, pela Urubuz Records (e já estamos torcendo para que o selo também traga os outros dois discos).
Recomendamos!
Tracklist
01. Can't Tame The Wild
02. Dealing With The Devil
03. Scarred To The Bone
04. Wild Frontier
05. Skybolter
06. Beastmaster
07. Kid Racer
08. Into The Light - instrumental
09. Freeway Devils
10. Mystica Deamonica
11. Thousand Guns
12. Different (So What?)
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