798. SEVEN SISTERS

Se você conhece e gosta de bandas como Air Raid, Screamer, Enforcer, Riot City e Ancient Empire, todas provenientes dessas ótimas últimas safras produzidas pelo Heavy Metal tradicional (do que convencionou-se chamar de New Wave Of Traditional Heavy Metal) e que trazem de volta a energia e diversão produzidas originalmente nos primeiros anos da década de 1980,  sugiro que direcione um pouco de sua atenção para essa banda britânica de nome Seven Sisters.
Formada em Londres, em 2013, pelo baixista Adam Thorpe, o baterista Steve Loftin e os guitarristas Graeme Farmer e Kyle McNeill, também vocalista do grupo, o Seven Sisters apresentou em seu debbut album, lançado em 2016 (High Roller Records), uma série de composições que parecem ter sido compostas exatamente naquele período de ouro para o Heavy Metal, e que ficaram engavetadas durante as últimas três décadas, até serem descobertas e lançadas para nossa apreciação. O som dos britânicos é o mais puro New Wave Of British Heavy Metal (acrescido de um toque melódico mais moderno), justamente naquela fase em que as bandas do movimento se mostraram um pouco mais pesadas na construção de riffs e linhas vocais e, apresentavam músicas mais complexas e elaboradas. Nessa linha se destacavam bandas um pouco mais undergrounds dentro do movimento, como Cloven Hoof, Elixir, Grim Reaper, entre outras.
Falando especificamente do álbum de estreia dos britânicos, o autointitulado álbum de 2016, praticamente todo composto por McNeill - com pontuais contribuições de Thorpe -, traz em suas oito músicas ótimas melodias e riffs de guitarras duplas, que alternam de forma muito empolgante aceleração e momentos de meio tempo, até algumas passagens mais progressivas mais ou menos no estilo do Iron Maiden. Além do ótimo trabalho nas seis cordas, se destaca no Seven Sisters a performance de McNeill no microfone, já que, mesmo apresentando claras limitações em suas linhas vocais (longe de Michael Rinakakis ou Fredrik Werner do Air Raid ou Andreas Wikström do Screamer, por exemplo), ele consegue fazer um ótimo trabalho.
O álbum tem, na maior parte de seus quase quarenta minutos, composições mais simples e diretas, entupidas de empolgantes riffs e refrões como Destiny's Calling, The Silk RoadCommanded By Fear mas, também contém momentos com canções mais épicas e com sensíveis variações em suas estruturas, como a maravilhosa Highways Of The Night, a ótima faixa título (Seven Sisters) e Cast To The Stars, que encerra muito bem o álbum. Para quem gostou desse material e tem curiosidade sobre a carreira da banda, o Seven Sisters continua totalmente na ativa e, recentemente, lançou seu terceiro full lenght, o segundo pelo seu atual selo, a Dissonance Productions. Vejo a banda hoje como uma das mais interessantes e promissoras do estilo, o que já garante uma boa e atenciosa conferida em seu material.

Tracklist
01. Destiny's Calling
02. Highways Of The Night
03. The Silk Road
04. Seven Sisters
05. Pure As Sin
06. Commanded By Fear
07. Gods And Men Alike
08. Cast To The Stars

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