814. LUCIFER - IV
O quarto full lenght da carreira da banda de Occult Rock Lucifer (IV, 2021), lançado no Brasil em CD pela Hellion Records, selo que vem lençando os discos da banda desde seu segundo álbum, II (2018), traz um equilíbrio cada vez mais interessante entre o lado mais classic rock, psicodélico e comercial dos dois últimos álbuns - que marcam a entrada e participação ativa no processo de criação, do multinstrumentista Nicke Andersson - e, a sonoridade mais soturna e pesada, com fortes influências ao Stoner Rock/Metal criado pelo Black Sabbath na década de 1970. presente em seu excelente debbut album (I, 2015).
A estabilidade na formação do grupo, aparentemente alcançada (pelo menos momentanemante) em 2019 com a entrada do baixista Harald Göthblad, já vinha sendo construída em 2018, quando os guitarrista Martin Nordin e Linus Björklund uniram-se aos veteranos Nicke Anderson, agora desempenhando apenas a função de baterista, e a vocalista/tecladista Johanna Platow Andersson, proporcionando ao Lucifer, pela primeira vez em sua breve história, a repetição de uma mesma formação em dois álbuns consecutivos.
A aparente diminuição na evidência do som de teclados/órgãos de inspiração total em grandes nomes da década de 1970 como John Lord e Ken Hensley, em detrimento do aumento inversamente proporcional dos riffs e linhas de guitarras mais pesadas, que remetem a Tony Iomi, parece ser realmente o maior e mais interessante diferencial desse Vol. IV do Lucifer, pelo menos em relação a seus excelentes dois antecessores diretos. Mudança essa que nos proporciona composições com estruturas um pouco mais empolgantes e fortes (para além das letras tradicionalmente mais sombrias e uma linda e levemente blasfema capa com Johanna "crucificada") e um pouco menos serenas e contemplativas, que tornaram-se basicamente um padrão dentro da sonoridade das bandas de Occult Rock com vozes femininas que conseguiram manter-se na ativa.
Que fique claro que IV não é uma espécie de disco "retrô" dentro da própria carreira do Lucifer, ou uma espécie de encontro de uma zona de conforto para lançamento do grupo. Para além disso, esse é um álbum que claramente ainda representa um interessante e muito bem vindo processo de evolução em sua sonoridade, e os melhores resultados encontramos aqui em faixas como Archangel Of Death, Bring Me His Head, Mausoleum (a preferida da casa) e Cold As A Tombstone. A edição nacional do CD, conta com aprentação em acrílico com slipcase e acompanha um miniposter com imagem promocional da banda.
Tracklist
01. Archangel Of Death02. Wild Hearses
03. Crucifix (I Burn for You)
04. Bring Me His Head
05. Mausoleum
06. The Funeral Pyre - instrumental
07. Cold As A Tombstone
08. Louise
09. Nightmare
10. Orion
11. Phobos
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