845. HAMMERFALL - HAMMER OF DAWN

 
Existem muitos fãs que não suportam a ideia de suas bandas preferidas proporcionarem quaisquer tipos de mudanças em suas sonoridades originais. Essa resistência ainda é bastante forte no Heavy Metal, e em várias de suas derivações, o que sempre gera debates interessantíssimos mas, muitas vezes, intermináveis a respeito até de quem é verdadeiramente o dono do som de seu grupo preferido, os compositores ou quem compra seus discos e frequenta seus shows.
O caso do HammerFall, que completará em 2023 trinta anos de atividade contando, atualmente, com o vocalista Joacim Cans, os guitarristas Oscar Dronjak e Pontus Norgren, o baixista Fredrik Larsson e o baterista David Wallin; e que, chega agora, a seu décimo segundo álbum de estúdio, Hammer Of Dawn (2022), enquadra-se bem nesse processo de compulsiva regularidade nas características de seu som. Com exceção de um desses doze full lenghts, o ótimo, mas rejeitado, Infected (2011), que na realidade nem trouxe mudanças tão significativas em sua sonoridade, tendo apenas apontado um flerte um pouco maior com o Hard Rock e trabalhado com músicas mais cadenciadas. 
A repercussão negativa fez com que Dronjak e Cans retornassem à zona de conforto no lançamento seguinte, (r)Evolution (2014), mantendo-se firme nela desde então. Lançado lá fora pela Napalm Records (gravadora dos holandeses desde 2016), e com CD licenciado no Brasil pela Hellion Records, Hammer Of Dawn apresenta todos os elementos contidos nos melhores álbuns de sua discografia, como: variações entre músicas mais aceleradas e épicas que misturam bem as características do Power Metal Europeu ao Heavy tradicional dos anos 1980; vocais agudos e melódicos; guitarras duplas e muito entrosadas que cospem empolgantes riffs e bons solos por todo o disco; e, os empolgantes e necessários refrãos e corais épicos, pertencentes ao DNA do quinteto holandês. 
A ótima produção de Hammer Of Dawn ficou a cargo dos experientes Fredrik Nordström - guitarrista do Dream Evil e experiente produtor que trabalhou com o HammerFall em seus dois primeiros discos, os seminais Glory To The Brave e Legacy Of The Kings, retornando em 2014 e seguindo com a banda até o momento -. e Jacob Hansen, em seu primeiro trabalho com o HammerFall, sendo o responsável pelas gravações dos vocais. 
Superior ao antecessor, Dominion (2019), também lançado no Brasil via Hellion Records, Hammer Of Dawn é mais um disco do HammerFall bem acima da média apresentando alguns grandes hinos que, provavelmente, tornar-se-ão parte do repertório dos shows do grupo, como: a ótima faixa título Venerate Me, Reveries e Too Old To Die Young
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Tracklist
01. Brotherhood
02. Hammer Of Dawn
03. No Son Of Odin
04. Venerate Me
05. Reveries
06. Too Old To Die Young
07. Not Today
08. Live Free Or Die
09. State Of The W.I.L.D.
10. No Mercy

Mais HammerFall no Sonorizando:
Dominion (2019)

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