856. PEGAZUS - BREAKING THE CHAINS

A segunda metade dos anos 1990 e primeira década dos anos 2000 foi um interessante período para a música pesada onde vimos acontecer o resgate do Heavy Metal tradicional através da ascenção do Power Metal Europeu, agora em uma versão mais técnica e bem mais melódica que a agressiva e veloz, conhecida nos anos 1980. O surgimento desse e de outros subgêneros no mesmo período - como o Metal Sinfônico, por exemplo - trouxe uma necessária oxigenada para a música pesada no período, que vivia talvez seu momento mais extremo e/ou experimental.
Com uma série impressionante de boas bandas surgindo a partir da Europa (sobretudo Alemanha) e Estados Unidos, e com ascendentes gravadoras dando o devido suporte a elas através de gravações de álbuns e agendamento de turnês e shows, outros países, com menor tradição ou comercialmente desconhecidos dentro do Heavy Metal mundial, não tardaram a furar a bolha através de ótimos nomes como Viper, Angra e Dark Avenger no Brasil e, o Pegazus na Austrália.
Formado em 1993 pelos irmãos Johnny e Robbie Stoj, respectivamente guitarrista e bateirista, como um projeto de Heavy Metal tradicional inspirado em Manowar e Judas Priest, o Pegazus lançou seu primeiro álbum de estúdio, dois anos depois, após a consolidação de sua primeira formação com as entradas do baixista Dave King e do vocalista Justin Fleming. Em 1997, os australianos gravaram e lançaram seu segundo álbum de estúdio, Wings Of Destiny, ainda de forma independente mas, chamando logo a atenção do maior selo Europeu dedicado ao Heavy Metal, a Nuclear Blast Records que, muito interessada no trabalho do quarteto, promoveu seu relançamento e distribuição global, além de conseguir para a banda participações importantes no Wacken Open Air (mais festival de Heavy Metal do mundo) e uma turnê europeia abrindo para o HammerFall. No mesmo ano, ocorreu a primeira troca de vocalistas, com a entrada do talentosíssimo Danny Cecati no lugar de Justin.
Dois anos depois, o Pegazus voltou ao estúdio para a gravação de seu terceiro álbum, apresentando um novo baixista, consolidando de vez a saída de Dave King para a entrada do competente Corey Betts. No final de 1999, e mais uma vez pela Nuclear Blast, era lançado Breaking The Chains (1999), até então, o melhor e mais bem produzido álbum de sua discografia. Apresentando muitas influências de gigantes como Manowar, Riot (fase Thundersteel), Judas Priest, Running Wild e de algum nomes um pouco mais contemporâneas como Helloween,  a banda entrega como seus principais destaques os excelentes vocais de Danny Cecati - e sua imensa facilidade em alcançar tons mais altos, algo que o aproxima de gigantes do estilo como Rob Halford e Ralf Schepper - e, os ótimos riffs criados por Johnny Stoj, que carregam fortemente a empolgante pegada do Power Metal alemão dos anos 1990.
Breaking The Chains é composto por oito ótimas faixas, ficando os destaques para The Crusade, Queen Evil, a faixa título, Chariots Of The Gods e Bastards Of War. Lançado simultâneamente em acrílico e digipak, o álbum conta, na segunda versão, com a inclusão de A Little Time, cover do Helloween retirada do álbum Keeper Of The Seven Keys Parte I (1987), como bônus.

Tracklist
01. Metal Forever
02. The Crusade
03. Queen Evil
04. Breaking The Chains
05. Tears Of The Angels
06. Chariots Of The Gods
07. Emerald Eyes - instrumental
08. Bastards Of War
09. Apache Warriors
10. A Little Time (Helloween Cover)

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