210. LED ZEPPELIN – PHYSICAL GRAFFITI

O sexto disco do Led Zeppelin, Physical Graffiti (1975) passa longe de ser apenas mais uma amostra da absurda genialidade de seus quatro músicos, apesar de, obviamente, ter mais uma enorme quantidade de soberbas demonstrações das habilidades musicais (tanto individuais quanto coletivas) e de composição de Plant, Page, Jones e Bonham.
Quarenta anos (completados exatamente hoje) se passaram do lançamento dessa obra prima, que a meu ver sempre funcionou como uma espécie de compêndio de toda altíssima qualidade e capacidade de criação do Zeppelin em toda sua carreira. O peso, a melodia, as influências de blues e country, tudo presente em porções absurdamente bem dosadas que parecem ter sido medidas de forma proposital para que Physical Graffiti pudesse ser apontado de forma praticamente unânime como o álbum definitivo da banda, o que particularmente não acho. E isso não ocorre por acaso, apesar da maioria das canções terem sido gravadas na véspera de lançamento dessa obra, algumas delas foram feitas durante as gravações de discos anteriores, mas só viram a luz do dia com o lançamento deste, como se esperassem o momento certo de aparecerem para os fãs.
Possuindo uma sequência completamente maravilhosa de faixas nesse disco duplo, que envolve músicas perfeitas como The Rover, In My Time Of Dying, Trampled Under Foot, Kashmir, Bron-Yr-Aur e Down By The Seaside, que fazem Phisical Graffiti - além de provavelmente se destacar como maior referência dentro da carreira do grupo britânico -, definir bem como esses caras em apenas seis anos se aproximaram de uma espécie de “divindade” artística, tamanha a qualidade de sua discografia até aquele momento.
A versão remasterizada de Physical Graffiti será (ou já foi) lançada no Brasil pela Warner em uma versão tripla caprichadíssima, que valeria muito a aquisição se não fosse o preço imoral que a gravadora está cobrando pelos discos dessa coleção por aqui. No mais, hora de relaxar e pegar seu vinil ou cd, ligar seu aparelho de som (ou computador) e partir para finalmente concretizar o que podemos fazer de melhor em relação a esse álbum, que é escutá-lo em volume alto e, se possível, acompanhado de uma boa cerveja.

Tracklist
Disc One
01. Custard Pie
02. The Rover
03. In My Time of Dying
04. Houses of the Holy
05. Trampled Under Foot
06. Kashmir
Disc Two
01. In the Light
02. Bron-Yr-Aur
03. Down by the Seaside
04. Ten Years Gone
05. Night Flight
06. The Wanton Song
07. Boogie with Stu
08. Black Country Woman
09. Sick Again

Mais Led Zeppelin no Sonorizando:
Led Zeppelin I (1969)
Led Zeppelin II (1969)
Houses Of The Holy (1973)

Comentários

Postagens mais visitadas