285. EUROPE– WALK THE EARTH
Em 1986, o Europe lançava The Final Countdown, seu terceiro álbum de estúdio e maior sucesso comercial da história da banda até hoje. 31 anos depois, a banda apresenta seu décimo primeiro trabalho, Walk The Earth (2017), com uma sonoridade bastante distinta e longe do AOR/Hair Metal dos anos 1980, seguindo uma linha fincada nos anos 1960/1970 e tendo cada vez mais como inspiração bandas clássicas daquelas décadas como Thin Lizzy, Uriah Heep, Rainbow, Led Zeppelin e Deep Purple.
Essas mudanças em suas características musicais, que já vinham aparecendo desde o retorno da banda em 2004 com o maravilhoso Start From The Dark (onde o Europe manteve-se firme em suas características mais melódicas mas ao mesmo tempo modernizava-se apresentando composições mais "pesadas" e com altas doses de influências do Classic Rock), apresenta-se em Walk The Earth com muito mais intensidade e organicidade. As mudanças e escolhas criativas aqui presentes soam extremamente orgânicas e naturais, evidenciando uma evolução por parte dos suecos e a quebra de paradigmas que se formam ou formaram em relação a musicalidade de seus álbuns.
Temos então nesse álbum uma forte presença de teclados Hammond sob o comando de Mic Michaeli, que acompanhado por grandes e inspiradíssimos riffs vindos da guitarra de John Norum, claramente inspirados no mago Ritchie Blackmore, lembram os grandes "embates" travados pelo guitarrista e John Lord no Deep Purple. As variações dentro das canções com momentos mais progressivos e psicodélicos acompanhados de belíssimos corais conduzidos pelo espetacular vocalista Joey Tempest também são constantes e as vezes parecem saídas de álbuns do grande Uriah Heep.
Superior a seu antecessor, o bom War Of Kings (2015), Walk The Earth se apresenta como um disco mais consistente e homogêneo em suas qualidades, sem significativas oscilações entre suas dez belas canções. Entre as que mais me chamaram a atenção e tornaram-se minhas preferidas, destaco Wolves com sua pegada um pouco melancólica e seus riffs que parecem ter saído da fase Perfect Strangers do Deep Purple, contando ainda com uma soberba interpretação de Tempest; e Pictures, música que em sua letra apresenta o destino das pessoas que chegaram ao planeta Vênus como mostrado trinta e um anos antes em The Final Countdown (maior hit da carreira do grupo). Essa, ao lado de Turn To Dust (minha preferida), lembram bastante Uriah Heep e são as responsáveis pela conquista imediata da minha atenção a mais esse belo capítulo na carreira do Europe.
Walk The Earth foi lançado no Brasil via Hellion Records.
TracklistEssas mudanças em suas características musicais, que já vinham aparecendo desde o retorno da banda em 2004 com o maravilhoso Start From The Dark (onde o Europe manteve-se firme em suas características mais melódicas mas ao mesmo tempo modernizava-se apresentando composições mais "pesadas" e com altas doses de influências do Classic Rock), apresenta-se em Walk The Earth com muito mais intensidade e organicidade. As mudanças e escolhas criativas aqui presentes soam extremamente orgânicas e naturais, evidenciando uma evolução por parte dos suecos e a quebra de paradigmas que se formam ou formaram em relação a musicalidade de seus álbuns.
Temos então nesse álbum uma forte presença de teclados Hammond sob o comando de Mic Michaeli, que acompanhado por grandes e inspiradíssimos riffs vindos da guitarra de John Norum, claramente inspirados no mago Ritchie Blackmore, lembram os grandes "embates" travados pelo guitarrista e John Lord no Deep Purple. As variações dentro das canções com momentos mais progressivos e psicodélicos acompanhados de belíssimos corais conduzidos pelo espetacular vocalista Joey Tempest também são constantes e as vezes parecem saídas de álbuns do grande Uriah Heep.
Superior a seu antecessor, o bom War Of Kings (2015), Walk The Earth se apresenta como um disco mais consistente e homogêneo em suas qualidades, sem significativas oscilações entre suas dez belas canções. Entre as que mais me chamaram a atenção e tornaram-se minhas preferidas, destaco Wolves com sua pegada um pouco melancólica e seus riffs que parecem ter saído da fase Perfect Strangers do Deep Purple, contando ainda com uma soberba interpretação de Tempest; e Pictures, música que em sua letra apresenta o destino das pessoas que chegaram ao planeta Vênus como mostrado trinta e um anos antes em The Final Countdown (maior hit da carreira do grupo). Essa, ao lado de Turn To Dust (minha preferida), lembram bastante Uriah Heep e são as responsáveis pela conquista imediata da minha atenção a mais esse belo capítulo na carreira do Europe.
Walk The Earth foi lançado no Brasil via Hellion Records.
01. Walk The Earth
02. The Siege
03. Kingdom United
04. Pictures
05. Election Day
06. Wolves
07. GTO
08. Haze
09. Whenever You’re Ready
10. Turn To Dust
Mais Europe no Sonorizando:
Bag Of Bones (2012)
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