583. MARILLION - FUGAZI
Na primeira metade da
década de 1980, algumas bandas inglesas buscaram dar uma nova cara ao Rock
Progressivo, buscando diminuir a complexidade técnica, erudição e
experimentações aplicadas nas músicas (o que afastava o público comum do estilo
e, consequentemente atenção e dinheiro) incrementando elementos mais populares
e diretos, tornando assim o som verdadeiramente mais acessível aos apreciadores
do Rock em geral. Em 1980, formava-se o Marillion, uma das bandas consideradas precursoras dessa “nova cara”, que recebeu o nome de Neo Progressivo.
Em 1983, a banda formada então pelo vocalista Fish, o guitarrista Steve Rothery, o tecladista Mark Kelly, o baixista Pete Trewavas e o baterista Mick Pointer, lançava o seu excelente álbum de estreia Script For a Jester's Tear. Com temas fortes, músicas extremamente expressivas e um vocalista excepcional que se inspirava claramente no trabalho de Peter Gabriel no Genesis, o Marillion já nascia gigante gerando grandes expectativas para o que a banda entregaria a seguir.
Em 1984 era então anunciado o segundo álbum, Fugazi. Icônico desde sua capa, novamente assinada pelo genial Mark Wilkinson a partir de um conceito imaginado por Fish, o álbum trazia uma das poucas mudanças de formação feitas pelo grupo em toda sua história, Ian Mosley, baterista da banda até hoje, entrou no no lugar de Pointer e de imediato encaixou perfeitamente na cozinha junto a Trewavas.
Como grande destaques desse maravilhoso álbum, temos as atuações individuais de Rothery, sempre muito inspirado e apresentando solos maravilhosos, repletos de melodias que proporcionam, pontualmente, deliciosas semelhanças do som do Marillion às guitarras de David Gilmour em seu Pink Floyd. Kelly certamente é outro que deve ser exaltado por tudo que sempre fez na banda, seus teclados são praticamente onipresentes e recheiam vários dos melhores momentos do álbum, servindo perfeitamente como base para as guitarras. E, por fim, Derek William Dick, ou simplesmente Fish, um verdadeiro monstro do Rock, que para mim sempre foi a maior força vital da banda na fase em que esteve nela, sempre impondo com perfeição seu timbre anasalado (e diferenciado) em interpretações quase sempre viscerais e nunca displicentes, independente do ritmo da música.
Todas essas qualidades explodem em Fugazi e são fundamentais na construção do álbum, desde sua abertura com a espetacular Assassing, onde o quinteto brilha por completo em uma música forte, cheia de ritmo, com uma "absurda" cara de anos 1980 (teclados!!!), mas sem soar datada. Punch And Judy também é um dos meus momentos preferidos do álbum, cheia de energia e que deve ter proporcionado ótimos momentos nas apresentações de divulgação do disco. Jigsaw é uma balada maravilhosa que proporciona a Fish apresentar a força de sua voz, com muitas variações e tons em uma sublime interpretação.
Emerald Lies parece dividir Fugazi em dois, apresentando algo diferente do feito no álbum de estréia, onde as composições parecem mais homogêneas em suas sonoridades. Aqui o disco deixa de lado as características mais diretas, que soam mais comerciais, e passa a ser, de fato, mais progressivo, com canções que apresentam, de fato, mais variações/progressões, e tem como apoteose, mesmo a música não tendo sido a escolhida para fechar o disco, a angustiante obra prima She Chameleon e, a vibrante faixa título. Espetacular!
Em 1998, ao completar quinze anos de seu lançamento, Fugazi recebeu, via Parlaphone Records/Warner Music uma maravilhosa e obrigatória reedição (recentemente a banda lançou alguns discos dessa fase em formato deluxe, em formato digibook, livreto e diversos discos, mas esse parece ainda não ter sido contemplado), remasterizada em 24 bits e apresentando um CD bônus contendo versões demos e versões alternativas. Para quem tem recursos limitados, uma edição perfeita!
Tracklist
Como grande destaques desse maravilhoso álbum, temos as atuações individuais de Rothery, sempre muito inspirado e apresentando solos maravilhosos, repletos de melodias que proporcionam, pontualmente, deliciosas semelhanças do som do Marillion às guitarras de David Gilmour em seu Pink Floyd. Kelly certamente é outro que deve ser exaltado por tudo que sempre fez na banda, seus teclados são praticamente onipresentes e recheiam vários dos melhores momentos do álbum, servindo perfeitamente como base para as guitarras. E, por fim, Derek William Dick, ou simplesmente Fish, um verdadeiro monstro do Rock, que para mim sempre foi a maior força vital da banda na fase em que esteve nela, sempre impondo com perfeição seu timbre anasalado (e diferenciado) em interpretações quase sempre viscerais e nunca displicentes, independente do ritmo da música.
Todas essas qualidades explodem em Fugazi e são fundamentais na construção do álbum, desde sua abertura com a espetacular Assassing, onde o quinteto brilha por completo em uma música forte, cheia de ritmo, com uma "absurda" cara de anos 1980 (teclados!!!), mas sem soar datada. Punch And Judy também é um dos meus momentos preferidos do álbum, cheia de energia e que deve ter proporcionado ótimos momentos nas apresentações de divulgação do disco. Jigsaw é uma balada maravilhosa que proporciona a Fish apresentar a força de sua voz, com muitas variações e tons em uma sublime interpretação.
Emerald Lies parece dividir Fugazi em dois, apresentando algo diferente do feito no álbum de estréia, onde as composições parecem mais homogêneas em suas sonoridades. Aqui o disco deixa de lado as características mais diretas, que soam mais comerciais, e passa a ser, de fato, mais progressivo, com canções que apresentam, de fato, mais variações/progressões, e tem como apoteose, mesmo a música não tendo sido a escolhida para fechar o disco, a angustiante obra prima She Chameleon e, a vibrante faixa título. Espetacular!
Em 1998, ao completar quinze anos de seu lançamento, Fugazi recebeu, via Parlaphone Records/Warner Music uma maravilhosa e obrigatória reedição (recentemente a banda lançou alguns discos dessa fase em formato deluxe, em formato digibook, livreto e diversos discos, mas esse parece ainda não ter sido contemplado), remasterizada em 24 bits e apresentando um CD bônus contendo versões demos e versões alternativas. Para quem tem recursos limitados, uma edição perfeita!
Tracklist
01. Assassing
02. Punch And Judy
03. Jigsaw
04. Emerald Lies
05. She Chameleon
06. Incubus
07. Fugazi
CD Bonus CD EMI & Sanctuary remasters: 1998
01. Cinderella Search (12" version)
02. Assassing ('92 Alternate mix by Chris Hedge)
03. Three Boats Down From The Candy ('84 Re-recorded)
04. Punch And Judy (demo)
05. She Chameleon (demo)
06. Emerald Lies (demo)
Official Video - Assassing
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