612. RIOT - NIGHTBREAKER

Thundersteel, álbum lançado pelo genial e saudoso guitarrista Mark Reale e seu Riot em 1988, não pode ser considerado apenas um marco para a banda. O fantástico disco é a perfeita mistura entre o Heavy Metal norte americano com o explosivo Power Metal Europeu que se agigantava mundialmente durante a segunda metade da década de 1980 e elevou absurdamente o patamar do grupo e o nível de exigência de seus fãs. O sucesso e qualidade nessa incrível mudança da sonoridade do Riot, transcendem Reale e se justificam também pela entrada de dois novos músicos na banda, o baixista Don Van Stavern e, sobretudo o incrível vocalista Tony Moore.
Mantendo-se na banda por mais um álbum, o vocalista tocou seu barco para frente obrigando Reale a procurar mais uma vez por um novo frontman para o Riot e, encontrou no jovem e promissor Mike DiMeo as qualidades necessárias para essa imaginada nova fase da banda. Ao mesmo tempo, Mike apresentava todas as qualidades vocais possíveis para dar conta ao vivo do repertório gravado anteriormente por seus três incríveis antecessores (Guy Speranza, Rhett Forrester e T. Moore).
Para sacramentar essa nova fase (que perdurou por oito anos, seis álbuns de estúdio e um ao vivo), foi lançado em 1993 o ótimo álbum Nightbreaker, oitavo da discografia do grupo. Sonoramente era o significativo retorno da sonoridade da banda ao Hard N’ Heavy de seu início acrescido do peso e velocidade apresentado a partir de Thundersteel e que se expandia por várias outras bandas de Heavy Metal nos Estados Unidos. Na formação e em relação ao último disco, manteve-se na banda apenas o baterista Bobby Jarz, sendo apresentados por Reale os novatos DiMeo, como nova voz da banda, Pete Perez como novo baixista, além disso, um segundo guitarrista, Mike Flyntz, foi integrado a banda (o Riot não apresentava uma formação com duas guitarras em estúdio desde Born In America de 1983).
Acervo pessoal Vladimir Sousa, em 21/05/2020
Como dito antes, Nightbreaker e a fase “DiMeo”, representam para o Riot o resgate de suas origens no Hard Rock e Classic Rock, ao mesmo tempo que manteve viva e presente a velocidade e força do Heavy Metal apresentado em Thundersteel, tendo a ingrata missão de enfrentar a absurda expectativa dos fãs. O resultado da expectativa não foi dos melhores e, infelizmente, esse período ainda hoje é deixado de lado por vários apreciadores da banda. Já o resultado dessa mistura, para quem deu atenção ao trabalho foi excelente, e levou a um álbum repleto de ótimos momentos e faixas incríveis como Soldier, Destiny, a energética cover para Burn do Deep Purple (onde, inclusive, DiMeo posteriormente tentou uma vaga), a faixa título, a espetacular Medicine Man. e a regravação da maravilhosa Outlaw, originalmente pertencente ao clássico Fire Down Under e cantada pelo também saudoso, Guy Speranza. 
Em 2015 a Metal Blade Records promoveu o relançamento de Nightbreaker, inicialmente em CD, em embalagem especial Digislave, e posteriormente em LP, duplo, gatefold e com vinis coloridos. Mais recentemente, o álbum foi editado pela primeira vez no Brasil, pela Urubuz Records, em edição limitadíssima (de apenas trezentas cópias em CD), caixa acrílica, slipcase com arte inédita e apresentando o mesmo conteúdo da última edição lançada lá fora, com três faixas bônus.

Tracklist
01. Soldier
02. Destiny
03. Burn (Deep Purple cover)
04. In Your Eyes
05. Nightbreaker
06. Medicine Man
07. Silent Scream
08. Magic Maker
09. A Whiter Shade Of Pale (Procol Harum cover)
10. Babylon
11. Outlaw (re-recorded version)
Bonus Tracks
12. Faded Hero
13. I'm On The Run

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