673. SORCERER - LAMENTING OF THE INNOCENT

Reformulado em 2010 pelo baixista Johnny Hagel (que tocou no Tiamat em sua melhor fase, gravando álbuns como Clouds e Wildhoney) e o ótimo vocalista Anders Engberg (ex-220v, Therion) depois de uma primeira tentativa entre 1988 e 1992 com os lançamentos de algumas demos que não deram resultado comercial nem abriram portas de gravadoras, a banda sueca de Epic Doom Metal Sorcerer chega ao ano de 2020 com o lançamento de seu novo álbum de estúdio, o terceiro nos últimos cinco anos. 
Lançado no Brasil em CD - através do licenciamento da Metal Blade Records pelos selos Encore Music e Heavy Metal Rock -, Lamenting Of The Innocent é um bom exemplar  e representa um dos subgênero mais interessantes do Heavy Metal na atualidade e que até o o momento tem baixa visibilidade no mercado nacional. O Epic Doom Metal conta em seu espectro com bandas sensacionais  e clássicas como Candlemass (junto ao Black Sabbath, pais de todo o estilo) e Solitude Aeturnus; além de vários novos nomes de grande qualidade como Capilla Ardiente, Altar Of Oblivion, Atlantean Kodex, Argus e Smoulder (isso para citar apenas nomes que apareceram aqui ou já foram citados no Sonorizando nos últimos anos).
A banda, formada atualmente por Engberg, os guitarristas Kristian Niemann e Peter Hallgren, o baterista Richard Evensand, o baixista Justin Biggs e tendo Hagel quase que exclusivamente no cuidado da criação das músicas e letras; apresenta em suas composições o lado mais contemplativo e carregado de emoções do estilo (épico) não centrando sua música apenas em riffs pesados, agressivos (bem mais puxados para Iommi do que Leif Edling costuma fazer) ou mais arrastados, criando os melhores momentos de seu trabalho justamente na força de seus belos solos de guitarras e na força da grande voz de seu vocalista, que se revezam e se completam a todo momento. 
Lamenting Of The Innocent não é um disco que apresenta grandes variações no decorrer de suas composições, é simples, direto e muito honesto. Não sofre por ausência de momentos mais pesados, pelo contrário, esses momentos estão lá presentes sendo protagonistas em ótimas faixas  como The Hammer Of WitchesCondemned e Path To Perdition. Outros grandes destaques do álbum (e meus preferidos) estão na espetacular faixa título, as belíssimas Where Spirits Die e Deliverance que conta com a ilustre participação do vocalista Johan Längquist (Candlemass), Age Of The Damned Dance With The Devil com passagens tomadas de corais que lembram bastante o Therion.
A boa edição nacional do CD recebeu embalagem em acrílico e slipcase. Vale a conferida.

Tracklist
01. Persecution (Intro) - instrumental
02. The Hammer Of Witches
03. Lamenting Of The Innocent
04. Institoris
05. Where Spirits Die
06. Deliverance
07. Age Of The Damned
08. Condemned
09. Dance With The Devil
10. Path To Perdition
11. Hellfire

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