722. FLOTSAM AND JETSAM - THE END OF CHAOS

Muito bom, e revigorante, como fã de música desde o início da década de 1990, escutar novos sons gravados por bandas clássicas como os apresentados aqui, nesse último álbum dos norte americanos do Flotsam And Jetsam. Depois de lançarem ainda nos anos 1980 dois sensacionais  e irretocáveis discos, Doomsday For The Deceiver (1986) e No Place For Disgrace (1988), e conseguirem cravar seu nome na história da música pesada, além de conseiderável sucesso comercial e de crítica em um meio disputado por nomes gigantes como Metallica, Megadeth, Slayer e vários outros, o Flotsam seguiu em frente com sua carreira, tentando sempre adaptar seu speed/Thrash Metal a elementos mais amplos e diversificados do Power Metal  e de outros segmentos que predominaram no Metal durante as décadas de 1990 e 2000.
Apesar de não ter acompanhado oportunamente esses discos, a partir de seus lançamentos, tive oportunidade de escutar com calma e atenção, a grande maioria dos mais de dez discos lançados pelos norte americanos nesses trinta e sete anos de carreira. Apesar de não se compararem em qualidade aos dois primeiros discos (que tenho em minha coleção particular), o Flotsam lançou vários discos bastante interessantes, como When the Storm Comes Down, Cuatro (esses dois, um verdadeiro mergulho da banda no US Power Metal) e, finalmente The End Of Chaos, álbum gravado em 2018, lançado internacionalmente pela AFM Records no início de 2019 e licenciado no Brasil pela Valhall Music.
The End Of Chaos é fruto direto do esforço do vocalista Eric Andrew Knutson, único dos membros originais do Flotsam And Jetsam que se manteve firme no grupo durante essas quase quatro décadas, moldando o som da banda durante praticamente todo esse período, tendo como apoio seu companheiro de longa data Michael Gilbert, guitarrista original do F&J, que só não esteve em sua formação durante a primeira década dos anos 2000. Completam o time o também guitarrista Steve Conley, o experiente baixista Michael Spencer, ex- Sentinel Beast e que tocou brevemente no Flotsam no final dos anos 1980 e, o baterista Ken Mary, conhecido também por ser o baterista original da banda Fifth Angel, onde também toca até hoje. 
O som original do Flotsam, apresentado em seu álbum de estréia, a meu ver, possuia características muito semelhantes as do Anthrax em sua fase Belladona. Não por apresentar os mesmos grooves ou influências mais alternativas, mas por ser o tipo de Thrash Metal com uma pegada mais acelerada e melódica (algo até próximo do Hard Core, ou Crossover), riffs e solos super velozes e bem feitos e, sobretudo a voz de Eric, com um timbre muito mais comum ao de outras bandas de Power Metal da época, do que dos tradicionais nomes do Thrash Metal norte americano. 
Já em The End Of Chaos, o que podemos perceber, desde a arte da capa reapresentando o velho monstro que estampava o primeiro disco em uma versão computadorizada e atualizada é, a acertada intenção do Flotsam em finalmente aproximar suas atuais composições (mais cadenciadas e trabalhadas, ao estilo do Power Metal norte americano) àquela sonoridade mais agressiva, acelerada, crua e direta da segunda metade dos anos 1980. O resultado disso tudo foi o melhor trabalho dos caras nessa década recém encerrada com um álbum contendo grandes peças, como: Prisoner Of Time, Control, Recover, Prepare For Chaos, Demolition Man e a sensacional The End
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Tracklist
01. Prisoner Of Time
02. Control
03. Recover
04. Prepare For Chaos
05. Slowly Insane
06. Architects Of Hate
07. Demolition Man
08. Unwelcome Surprise
09. Snake Eye
10. Survive
11. Good Or Bad
12. The End

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