910. MEGADETH - THE SICK, THE DYING... AND THE DEAD!

The Sick, The Dying...And The Dead!, lançado pela universal music em 2022, já é o décimo sexto álbum da discografia da banda de heavy/thrash metal norte americana, Megadeth, e o segundo contando com a presença do guitarrista brasileiro Kiko Loureiro que já demonstra ser o melhor companheiro de seis cordas de Dave Mustaine no grupo, desde a saída do genial Marty Friedman em 2000. O disco também é o primeiro após uma das mais turbulentas e críticas fases enfrentadas pelos caras que, enfrentou desde um câncer (já curado) de seu líder, passando por um escândalo sexual que culminou na inesperada saída do baixista David Ellefson (membro original do grupo e amigo pessoal de Mustaine). 
Além desses graves e inesperados perrengues, diretos e pessoais, uma pandemia que, além de ceifar milhões de vidas em todo o mundo, afetou brutalmente a indústria cultural, ao paralizar qualquer tipo de evento que envolvesse a participação e aglomerado de pessoas. A resposta a tudo isso, foi um dos melhores discos gravados pela banda desde 1994, quando botou nas prateleiras o excelente Youthanasia (1994).
Apesar de um ótimo começo com a empolgante faixa título, o álbum sofre uma pequena quebra de intensidade, a partir de Life In Hell que nas primeiras audições, me pareceram um pouco cansativas e excessivamente extensas, quebrando um pouco do ritmo do disco e, de certa forma, frustrando uma escalada que sua faixa de abertura prometia. Essa arrancada, com uma sequência de faixas mais diretas e empolgantes, só é iniciada praticamente a partir da segunda metade do disco, quando surgem, em sequência quase direta, músicas muito mais vibrantes como Sacrifice, Junkie, Psychopathy e Célebutante mas, sobretudo nas sensacionais Killing Time, Soldier On! e na maravilhosa Mission To Mars, faixas que trazem a esse The Sick, The Dying... And The Dead! muito da energia e espírito de outros grandes momentos do grupo, como Countdown To Extinction (1992) e o já aqui citado, Youthtanasia.
Como o processo de demissão de Ellefson aconteceu, durante a produção do disco, Mustaine convocou a lenda Steve DiGiorgio para a gravação das linhas de baixo, manteve e oficializou o talentoso baterista Dirk Verbeuren e deu mais autonomia a esse e a Kiko Loureira, no processo de composição. A arte da capa, assinada pelo talentoso Brent Elliot White, inserindo Vic Rattlehead em um cenário tipicamente Western, e o título, remetendo ao clássico de Sergio Leoni, The Good, The Bad And The Ugly (No Brasil, Três Homens em conflito) compõem a estrutura criativa do disco que traz, em suas canções, temáticas ligadas a questões políticas e sociais, típicas de praticamente todos os trabalhos do Megadeth.
Apesar de ter curtido, de imediato, o antecessor Dystopia (2016), fui gostando de forma crescente de The Sick, The Dying... And The Dead!, e a cada audição, venho achando-o cada vez melhor e, agora, até superior a seu antecessor direto. Além disso, Mustaine, agora na ótima companhia de Loureiro, continua apontando um empolgante direcionamento para sua carreira que completará, agora em 2023, seus quarenta anos.
Produzido por Dave Mustaine e Chris Rakestraw (Dystopia), The Sick, The Dying... And The Dead! mantém o megadeth firmemente no topo do estilo.

Tracklist
01. The Sick, The Dying... And The Dead!
02. Life In Hell
03. Night Stalkers
04. Dogs Of Chernobyl
05. Sacrifice
06. Junkie
07. Psychopathy
08. Killing Time
09. Soldier On!
10. Célebutante
11. Mission To Mars
12. We'll Be Back

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