968. BARONESS - STONE
Os dois últimos álbuns do Baroness, banda de stoner dos Estados Unidos, chamaram bastante atenção e causaram muitas polêmicas por decisões relacionadas aos seus processos de gravações, produções e mixagens. O processo tocado pelo produtor Dave Fridmann em Purple (2015) e Gold & Grey (2019), principalmente nas gravações dos instrumentos, levaram a um tipo de saturação no som que, usado pontualmente em uma outra música, conceitualmente até que poderia tornar-se interessante mas que, usado compulsoriamente em todas as músicas, pode ter dificultado a experiência de escuta para muitos, principalmente os marinheiros de primeira viagem ou quem não estava muito familiarizado. Polêmicas a parte - até por, particularmente, adorar todas as músicas dessa fase e ainda hoje continuar sem saber se a decisão pelo tratamento desses álbuns foi empurrada pelo produtor e aceita por John Baizley ou veio de uma ideia do próprio músico por alguma questão artística pessoal -, novas decisões técnicas foram tomadas durante e após a pandemia e, além da criação de uma quantidade absurda de novas músicas pela banda que, segundo o próprio Baizley seriam suficientes para mais de um álbum de estúdio do Baroness, foi lançado o sexto full lenght do grupo, Stone (2023). Apresentando sensíveis mudanças na produção, agora conduzida pelo próprio guitarrista/vocalista, a banda voltou a apresentar, em estúdio, um resultado tão bom e satisfatório quanto o apresentado em seu melhor disco, o maravilhoso Yellow & Green (2012).
Stone é apenas o segundo disco da atual formação do Baroness, contando com Baizley nos vocais e dividindo as guitarras com Gina Gleason, Nick Jost no baixo e teclados e Sebastian Thomson na bateria. É (curiosamente) o primeiro trabalho, desde o Red Album (2007), a não receber uma cor como título e mais uma vez explicita as grandes qualidades da banda, trazendo para o álbom todos os melhores elementos criados pelos norte americanos em sua sonoridade, ou seja, grandes riffs de guitarras, excelentes refrãos em praticamente todas as canções, um vocalista excepcional e o mais importante, muitas variações na sonoridade, transitando facilmente e constantemente entre o peso e agressividade do Stoner Metal, à diversidade e estranheza da música alternativa até a calmaria e "mistura" do Rock Progressivo.
Lançado internacionalmente pelo selo próprio da banda, Abraxan Hymns Records, Stone é, certamente, um dos melhores lançamentos de 2023 e tem entre alguns de seus melhores momentos faixas como Embers, Last Word, a espetacular Magnolia e Under The Wheel.
Arte!
Tracklist
01. Embers
02. Last Word
03. Beneath The Rose
04. Choir
05. The Dirge
06. Anodyne
07. Shine
08. Magnolia
09. Under The Wheel
10. Bloom
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