935. METAL CHURCH - CONGREGATION OF ANNIHILATION
A inesperada e trágica morte do vocalista Mike Howe, em 2021, além do choque causado aos fãs e ao meio musical, encerrou em definitivo um dos melhores capítulos da História de uma das mais importantes bandas de Metal dos Estados Unidos, o Metal Church. Após seu aclamado retorno ao grupo em 2015 e a gravação de dois excelentes álbuns de estúdio e o lançamento de um incrível disco ao vivo, muita expectativa se gerava em torno do que Kurdt Vanderhoof e sua banda apresentariam em seguida. O choque pelo trágico fim de Mike jogou um oceano de água fria nessas expectativas e houve quem acreditasse que a banda encerraria as atividades ou pelo menos entraria em um novo hiato.
Mas não foi isso que aconteceu, longe disso, pois no início de 2023 não só a banda anunciou um novo vocalista (confirmando rumores de testes feitos com cantores durante o ano de 2022 e descartando um, talvez, mais esperado retorno de Ronny Munroe que já tinha gravado outros quatro discos de estúdio com o grupo), o competente Marc Lopes (ex-Meliah Rage e Ross The Boss), como também revelou em seguida o lançamento de um novo álbum de inéditas pela Rat Pak Records, que recebeu o nome de Congregation Of Annihilation, também editano no Brasil, no formato CD, via licenciamento com a Hellion Records, selo que trouxe ao mercado nacional os últimos quatro títulos dos caras, sendo dois full lenghts e duas compilações.
Congregation Of Annihilation é o décimo terceiro álbum de inéditas do Metal Church, que além de Kurdt e Marc, conta hoje com o segundo guitarrista Rick Van Zandt, o baixista Steve Unger e o baterista Stet Howland. Chama atenção por se diferenciar dos dois ultimos trabalhos da banda, soando como um dos discos que mais contém músicas próximas ao Speed e ao Thrash Metal do grupo, desde o lançamento do clássico debbut de 1984. Mudança ligada diretamente a aceleração e peso dos riffs construídos aqui por Vanderhoof e, sobretudo, ao vigor vocal de Marc Lopes que constrói linhas que vão além da simples tentativa de remeter a David Wayne e a Mike Howe, elevando a velocidade e agressividade aos extremos do tradicional Power/Heavy Metal construído pela banda em sua carreira de mais de quatro décadas.
A faixa título, Pick A God And Pray e Making Monsters, são bons exemplos dessa aceleração integral ou parcial nas composições desse trabalho, enquanto Another Judgment Day, Me The Nothing, Making Monsters e as excelentes All That We Destroy e Salvation (essa última, uma das duas faixas bonus track presentes na versão nacional) são mais cadenciadas e próximas dos álbuns que o antecederam. Apesar de achá-lo inferior a XI (2016) e Damn If You Do (2018), Congregation Of Annihilation - levando em conta todo o seu complexo contexto -, não deixa de ser um bom álbum do Metal Church e, principalmente, o de ter um grande valor simbólico por conseguir continuar a admirável trajetória do lendário quinteto.
Tracklist
01. Another Judgement Day
02. Congregation Of Annihilation
03. Pick A God And Prey
04. Children Of The Lie
05. Me The Nothing
06. Making Monsters
07. Say A Prayer With 7 Bullets
08. These Violent Thrills
09. All That We Destroy
10. My Favorite Sin
11. Salvation
01. Another Judgement Day
02. Congregation Of Annihilation
03. Pick A God And Prey
04. Children Of The Lie
05. Me The Nothing
06. Making Monsters
07. Say A Prayer With 7 Bullets
08. These Violent Thrills
09. All That We Destroy
10. My Favorite Sin
11. Salvation
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