1049. BURNING WITCHES - THE DARK TOWER
A cada ano, e a cada álbum lançados, bandas como as brasileiras/internacionais Nervosa e Crypta e, a suiça Burning Witches ganham mais destaque, na mídia pela homogeneidade na qualidade desses lançamentos e, dos apreciadores da música pesada, pelas ótimas criações, atitude e apresentações ao vivo. Bandas formadas exclusivamente por mulheres, como essas citadas, vem lutando e conquistando cada vez mais espaço dentro de um meio que, até pouco tempo, só permitia-se o feminino embaixo do palco, ao lado do músico, ou como contraparte ao excesso de testosterona exibido pelos demais músicos.
Ano após anos, sobretudo dentro das alas mais agressivas do Heavy Metal, as mulheres foram ocupando e conquistando cada vez mais lugares de destaque ainda na primeira metade dos anos 1980 - na maioria das vezes, ainda vocalistas - e, passando inclusive a eclipsar seus companheiros pela qualidade de suas vozes e performances. Aconteceu com Doro Pesch e o Warlock, com Kate De Lombaert e o Acid e, Leather Leone e o Chastain, entre outras. Também vale lembrar algumas bandas completamente formadas por mulheres, como a britânica da NWOBHM Girlschool e, até a brasileira Volkana, predominantemente dominada pelo gênero feminino. Com o advento da Nova Onda do Heavy Metal Tradicional e o surgimento de uma infinidade de bandas que resgatavam a sonoridade do estilo nos anos 1980, novas vocalistas surgiram, retomando e ampliando seus espaços e buscando se destacar em novas funções dentro da música, levando mais recentemente, ao surgimento dos três nomes citados no início desse review.
Como destaque de todo esse movimento, a banda suíça Burning Witches que, atualmente é formado pela vocalista Laura Guldemond, as guitarristas Romana Kalkuhl e Larissa Ernst, a baixista Jeanine Grob e a baterista Lala Frischknecht; vem entregando discos de alto nível, estando já com cinco registros de estúdio já gravados, sendo o último deles The Dark Tower, lançado internacionalmente pela Napalm Records e, licenciado no Brasil pela Shinigami Records.
Mais uma vez trazendo um respeitável trabalho de produção do senhor Marcel Schmier (aquele mesmo, do Destruction), que acompanha a banda nessa função desde o primeiro álbum e, contando com nova arte de capa assinada pelo talentoso artista húngaro Gyula Havancsák, The Dark Tower é mais um ótimo álbum de Heavy Metal entregue pelas garotas, entupido de ótimos riffs e grandes refrões que transformam-se em pequenos hinos que escancaram o atual nível de entrosamento do quinteto e seu atual momento criativo. Um pouco mais cadenciado, melódico e épico que seu antecessor, o disco traz como destaque faixas excelentes como Unleash The Beast, Renegade, Evil Witch, a faixa título, Heart Of Ice, Doomed To Die e The Last Souls, só escorregando quando decide, também, mergulhar no dispensável clichê da Power balada. Mas esse é um erro da maioria das bandas, independente do gênero de seus músicos.
Em 2025 o Burning Witches está confirmado como uma das atrações do Bangers Open Air Brasil (substituto do Summer Breeze), com apresentação marcada para o dia 03 de maio.
Tracklist
01. Rise of Darkness
02. Unleash The Beast
03. Renegade
04. Evil Witch
05. World On Fire
06. Tomorrow
07. House Of Blood
08. The Dark Tower
09. Heart Of Ice
10. Arrow Of Time
11. Doomed To Die
12. Into The Unknown
13. The Lost Souls
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